Testes rápidos para zika começam a ser feitos em maternidades de Maceió

Os primeiros kits vindos do Ministério da Saúde para realização dos testes rápidos para diagnósticos do zika vírus começaram a ser distribuídos, nessa terça-feira (9), para maternidades de Maceió. O material estava guardado, até então, no Laboratório Central de Alagoas (Lacen).

A Maternidade Escola Santa Mônica, por exemplo, recebeu 125 testes que vão beneficiar as mulheres grávidas e os bebês com até seis meses de vida.

Além desta unidade, os kits para os testes rápidos também foram enviados para a Maternidade Nossa Senhora da Guia, Hospital do Açúcar e Hospital Universitário (HU).

No interior, 48 municípios de Alagoas foram cadastrados para receber o material da mesma forma. O prazo para que as prefeituras solicitem o envio dos kits segue até esta sexta-feira (12).

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) avalia que os gestores municipais que ainda não demonstraram interesse seria porque não possuem as centrífugas. Caso não exista o material nestas localidades, as pacientes devem ser levadas para as cidades mais próximas.

Para ter acesso ao teste, a mulher grávida precisa ser avaliada por um médico quando surgirem sintomas como aparecimento de manchas vermelhas na pele, febre ou quando o exame de ultrassonografia mostrar má-formação do cérebro do feto.

Exame

O procedimento é bem simples. Uma amostra de sangue é coletada da paciente e levada para análise numa centrífuga, onde o soro e o sangue serão separados. Em seguida, uma amostra biológica passa por uma verificação para contabilizar o nível de anticorpos presente nela. O teste dura 40 minutos e, se o resultado der positivo, um reteste é feito para a confirmação mais precisa.

Até então, o exame para detecção do vírus zika estava sendo feito, apenas, no Hospital Escola Dr. Helvio Auto, especializado em doenças infectocontagiosas.

A assessora técnica do Lacen, Juliana Cavalcante, acredita que a distribuição dos kits tornará o procedimento mais acessível, principalmente ao público-alvo do momento, que seriam as gestantes e os bebês com até seis meses. “Vai permitir também que a gestante tenha o diagnóstico precoce do vírus zika e possa ter o acompanhamento durante a gravidez e após, com a criança já nascida”.

As ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e também do zika vírus, por outro lado, devem ser intensificadas.

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