A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura do Estado de Alagoas (Seagri), realizou nesta segunda-feira (15) uma palestra sobre o diagnóstico do clima e perspectivas para os próximos 10 anos. O evento aconteceu no auditório da Federação de Agricultura de Alagoas (Faeal).
A palestra foi ministrada pelo professor dá Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e especialista, Carlos Million e contou com a presença do presidente da Faeal, Álvaro Almeida, e vários produtores do Estado. No momento, apresentado os problemas que a falta de chuva vem causando ao Estado de Alagoas, as formas de monitoramento do clima, as anomalias de temperatura no mundo, as características dos fenômenos El Niño e La Niña.
“Não são chuvas de inverno, as que estamos vendo, isso está ligado ao inverno dos Estados Unidos. A longa estiagem é um fator que se repete e torna-se generalizada. Em Alagoas, a redução de chuva nos três primeiros meses do ano foi de 70% a 75%”, explicou o professor Carlos Million.
Todos os países sentem os efeitos dessas anomalias, mas a região sul da América do Sul, que inclui o sul do Brasil, a Argentina, o Chile, o Uruguai e o Paraguai, é uma das mais afetadas por eventos de El Niño e La Niña. Dependendo do fenômeno, estas áreas apresentam forte variabilidade de precipitação interanual, ou seja, variação tanto de volume quanto de distribuição das chuvas ao longo do ano.
“É esperado que no segundo semestre desse ano, devido ao fenômeno La Niña, as chuvas aconteçam acima ou na média, a partir de outubro e novembro”, disse o professor.
O secretário de agricultura, Álvaro Vasconcelos, destacou a importância de debater esse assunto, por estarmos passando por uma seca que vem dificultando o plantio dá cana- de- açúcar, fazendo produtores optarem pela cultura da fruticultura.
“A palestra sobre clima feita por um especialista como o professor Mollion, serve para orientar aos produtores, dando uma melhor segurança de plantio e colheita”, assegura o secretário.