Pastor João Luiz é afastado da ALE por fazer campanha durante pregações

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Napoleão Nunes Maia manteve decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) que afastou do cargo de deputado estadual o pastor João Luiz Rocha (PSC) por abuso de poder econômico.

O Tribunal Regional entendeu que o pastor e presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular fez propaganda eleitoral em templos religiosos, utilizando os seus espaços de culto e reuniões como autênticos comitês de campanha política. Além disso, ele foi acusado de persuadir os fiéis da igreja para atuarem como cabos eleitorais. A decisão do TRE torna o pastor inelegível por oito anos.

Ao negar o recurso de João Rocha, o ministro Napoleão Nunes Maia afirmou, em sua decisão individual, que “não há como se confundir a liberdade de culto religioso e os espaços dos templos com escudos protetores, nichos impenetráveis ou casamatas de concreto para esconder a prática de ilícitos de qualquer natureza – neste caso, ilícitos eleitorais – mas sem que com isso se expresse qualquer aversão à religiosidade ou se minimize o meritório trabalho assistencial e promocional humano das igrejas das várias denominações”.

Segundo o ministro, as provas no processo demonstram que os apoios dados por pastores dentro dos templos religiosos da igreja a João Rocha, “além dos shows realizados por conhecido cantor gospel, foram aptos a demonstrar a existência de favorecimento eleitoral a candidato por tal conduta, com a quebra da isonomia e da legitimidade e normalidade das eleições no Estado alagoano”.

Dessa forma, Nunes Maia entendeu que foi configurado o abuso do poder econômico e o uso indevido dos meios de comunicação, na espécie. “Condenável, por todos os títulos, valer-se o líder espiritual de qualquer comunidade de sua natural ascendência social e psicológica sobre os fiéis de qualquer fé religiosa, em razão da autoridade que reveste a sua investidura, para seduzir-lhes a liberdade de escolha política e capturar a sua adesão a certa e determinada candidatura”, afirmou o ministro.

 

MUDANÇA

Francisco Holanda assume cadeira na Assembleia Legislativa
Novo “velho” deputado é natural de União dos Palmares e obteve mais de 15 mil votos

 

O deputado Francisco Holanda (PP) tomou posse na tarde desta quarta-feira, 17, na vaga do deputado Pastor João Luiz (PSC), afastado do cargo por uma decisão do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Tribunal Superior Eleitoral, que negou recurso do parlamentar e manteve a decisão do pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas que o afastou por abuso de poder econômico.

Francisco Holanda é natural de União dos Palmares e obteve 15.651 votos nas últimas eleições, ficando como suplente na última eleição. O parlamentar prestou juramento e falou de suas expectativas ao assumir o mandato. “Estou chegando hoje com a certeza de que vim aqui para somar. Todos me conhecem muito bem e terei posições na Casa coerentes em relação a defesa dos maceioenses e dos alagoanos’, disse.

O novo deputado, que já foi vereador por Maceió e deputado estadual, falou ainda de seus posicionamentos políticos na Casa. “Vou estudar e conversar com a Mesa Diretora a posição que irei tomar em relação as comissões técnicas da Casa”, disse Francisco Holanda.

O presidente da Casa, deputado Luiz Dantas (PMDB) saudou a presença do novo parlamentar e desejou sorte nesta nova função. “Quero desejar sucesso ao deputado Francisco Holanda tendo a certeza que ele saberá honrar o mandato com toda a nobreza que o cargo merece”, destacou. Os deputados Gilvan Barros Filho (PSDB), Cícero Cavalcante (PMDB), Leo Loureiro (PPL) e Dudu Hollanda (PSD) – que é sobrinho do novo parlamentar – também saudaram a presença do novo parlamentar.

 

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