Os alunos da rede municipal de educação de Arapiraca estão sem aulas há 38 dias. Nesta segunda-feira (19), pais e professores realizaram um protesto no centro administrativo do Poder Executivo Municipal, cobrando uma solução. Eles querem um reajuste de 7,64%, mas a prefeitura diz que só pode ofertar 2,37%.
Segundo o Sindicado dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), o protesto foi pacifico e contou com o apoio de grande parte da classe grevista, além dos pais e dos alunos afetados. Uma comissão de manifestantes foi recebida pela Secretaria de Educação, mas não houve acordo.
O promotor de justiça, Napoleão Amaral Franco, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Arapiraca, irá receber os professores na próxima quarta-feira (21) para tentar achar resolver o problema. Os vereadores também querem ouvir os professores em uma audiência que ocorrerá em seguida, na Câmara de Arapiraca para propor uma saída junto ao prefeito da cidade, Rogério Teófilo (PSDB), que argumenta reajuste de somente 2,37% para não infringir no Limite da Responsabilidade Fiscal (LRF).
Os professores dizem que há recursos em caixa sobrando e que é legal por meio dos repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Em nota, a Prefeitura de Arapiraca informou que o canal de diálogo continua aberto e que todos os esforços estão sendo feitos para que as aulas voltem.
Confira a nota na íntegra:
A Prefeitura de Arapiraca continua de portas abertas ao diálogo com os trabalhadores da Educação do município. Todos os esforços estão sendo feitos para a normalização das aulas em todas as escolas e creches, a exemplo de algumas unidades que não aderiram ao movimento. Hoje mesmo, durante a manifestação ocorrida no Centro Administrativo, a secretária de Educação Mônica Pessoa e parte de sua equipe técnica se reuniram com um comitê formado por pais de alunos e integrantes do Sinteal. O objetivo foi esclarecer mais uma vez a situação de Arapiraca em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, dentre outros impeditivos de dar um reajuste maior que os 2,33% propostos para o próximo quadrimestre do ano. O diálogo entre as partes é a única forma de solucionar o impasse para o bem dos alunos de Arapiraca.