Uma parceria entre o Governo de Alagoas e a Organização das Nações Unidas (ONU) prevê investimentos de cerca de R$ 30 milhões em 76 grotas de Maceió ao longo dos próximos anos. Chamado de “Vida Nova nas Grotas”, o programa deve levar infraestrutura e melhores condições de mobilidade para quem mora na periferia da capital.
Durante a manhã desta terça-feira (4), uma solenidade na Sala de Despachos do Palácio República dos Palmares marcou a assinatura do convênio que vai possibilitar a instalação de um escritório da ONU-Habitat no estado. Além do governador Renan Filho (PMDB) e de representantes da ONU, estiveram presentes secretários envolvidos nas ações.
A proposta da parceria é que, além de melhorar a estrutura na periferia de Maceió, as ações levem cidadania às grotas, promovendo a ocupação de áreas públicas e a redução da violência. O programa é uma espécie de ampliação do “Pequenas Obras, Grandes Mudanças” e deve chegar a 40 comunidades até o final deste ano.
“Hoje estamos em 24 [grotas]. Até o final do ano, vamos chegar a 40. No próximo ano, vamos chegar às outras 36. Isso é a demonstração de que esse é um grande programa. Ele não é uma ação pontual, para dizer que está fazendo intervenção em grota. Uma das coisas mais difíceis em política pública é replicar o que dar certo. Fazer uma pequena experiência dar certo é fácil. Replicar um programa de política pública é muito complexo”, frisou Renan Filho.
De acordo com o governador, a ideia é integrar os moradores da periferia aos serviços ofertados na cidade. “Hoje, com a parceria da ONU, nós vamos aumentar o escopo do programa ‘Pequenas Obras, Grandes Mudanças’, fazer as intervenções básicas, afinal o cidadão precisa ter acesso ao que a cidade oferece”, complementou.
Além de divulgar o programa, Renan Filho anunciou a publicação de um edital para seleção de profissionais que vão atuar no projeto. “A ONU publicou um edital no seu portal para recrutamento de recursos humanos e nós estamos disponibilizando, junto com a Organização, três vagas para quem quiser fazer parte desse programa. O trabalho vai ser muito amplo, técnico-científico. Isso vai transformar o programa em um grande programa para o País”.
Conforme Rayne Ferreti, representante da ONU-Habitat, o programa será responsável por incluir os moradores da periferia. “As grotas estão invisíveis ao olho do turista, ao olho de quem visita a cidade. Tirando o Vale do Reginaldo, que tem aquela ponte, que dá para ver os dois lados. A gente tem que mostrar as grotas. É fundamental que isso seja mostrado, porque eleva a autoestima, inclui e faz com que as pessoas vivam a mesma cidade”, explica.
