Estudantes que fecharem contratos com o Financiamento Estudantil (Fies) a partir de 2018 terão que pagar o dinheiro do empréstimo com desconto automático na folha de pagamento após concluirem o curso e conseguirem emprego formal. Essa é uma das mudanças anunciadas nesta quinta-feira (6) e que só passam a valer para contratos firmados a partir do próximo ano.
Além do desconto no salário, o Ministério da Educação (MEC) anunciou que o Fies passará a oferecer terá três tipos diferentes de contrato. Em um deles, o governo prevê 100 mil vagas a juro zero para alunos com renda per capita familiar de até três salários mínimos.
A seleção do segundo semestre, no entanto, continua sob as regras antigas. Serão oferecidas mais 75 mil novas vagas de contratos de financiamento. O cronograma com as datas será publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (7), segundo o MEC.
A partir de 2018, serão oferecidas três modalidades do programa. Veja o que se sabe até agora:
FIES 1
Será voltado para alunos com renda per capita familiar de três salários mínimos e não haverá nenhuma taxa de juro real. As prestações serão pagas com parcelas de no máximo 10% da renda mensal, descontadas automaticamente do salário ou do rendimento da empresa aberta em nome do beneficiado. A previsão é de oferecer 100 mil vagas.
FIES 2
Será voltado para alunos com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos. Voltado para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A taxa de juros é de 3%, mais correção monetária.As prestações serão pagas com parcelas de no máximo 10% da renda mensal, descontadas automaticamente do salário ou do rendimento da empresa aberta em nome do beneficiado. A previsão é de oferecer 150 mil vagas.
FIES 3
Será voltado para estudantes com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos. A taxa de juros ainda não está definida. “Será maior que 3%, mas menor que as taxas bancárias privadas”, diz o ministro. As prestações serão pagas com parcelas de no máximo 10% da renda mensal, descontadas automaticamente do salário ou do rendimento da empresa aberta em nome do beneficiado. A previsão é de ofertar 60 mil vagas. Nessa modalidade, o MEC discute com o Ministério do Trabalho uma nova linha de financiamento que pode garantir mais 20 mil vagas adicionais com recursos do FAT.