O governador de Alagoas, Renan Filho, que é do mesmo partido do presidente Michel Temer, o PMDB, disse nesta terça-feira (11) que a saída de Dilma Rousseff (PT) da presidência da república não melhorou a situação da crise financeira e a “a turbulência aumentou”.
Dilma Rousseff sofreu impeachment e encerrou seu mandato frente à Presidência da República em agosto do ano passado. Temer deixou a vice-presidência oficialmente e foi empossado presidente.
Em 26 de junho, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base no conteúdo das delações premiadas de executivos da holding J&F, dona do frigorífico JBS.
Na última segunda-feira (10), foi apresentado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o parecer do deputado Sérgio Zveiter a favor do prosseguimento da denúncia por corrupção passiva contra o presidente.
“O Brasil está vivendo um momento de muita dificuldade. O que as pessoas perceberam é que a retirada da presidente Dilma, que poderia ser um alento para o país na prática não foi, a turbulência aumentou”, declarou o governador.
Renan Filho disse que, mesmo com a tentativa de alguns segmentos ligados ao mercado de recuperar a economia, a crise política não melhorou.
“Eu espero que a Câmara Federal delibere e decida qual o caminho para o país. O Brasil tem saída institucional e as instituições democráticas estão funcionando. De maneira que, ao ter isso, a gente não deve fulanizar e sim buscar solução institucional que está inclusive em tramitação no Congresso Nacional”, completou.