O terreno da Usina Laginha, em União dos Palmares, foi ocupado nesta terça-feira (11) por integrantes de movimentos agrários para reivindicações. Dentre elas, a desapropriação de terras para a reforma agrária e para assentamentos de famílias de trabalhadores rurais.
A coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), informou que foi feito um acordo entre os movimentos e a antiga administração da massa falida do Grupo João Lyra. Porém, houve uma mudança nessa administração. “Nós temos sentido que o acordo que foi firmado para resolver o problema das famílias foi paralisado. Viemos para que o acordo seja retomado”, disse a coordenadora do MST, Débora Nunes.
Segundo Débora, o acordo era que 1.500 hectares da Usina Guaxuma fossem destinados para a reforma agrária, e o terreno da Usina Laginha para os assentamentos das famílias.
Ainda de acordo com Débora, cerca de mil famílias participam da ocupação. Mas, o Centro de Gerenciamento de Crises, da Polícia Militar, disse que 400 pessoas estão presentes. “Fomos até o local e entramos em contato com o presidente do Iteral (Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas) para negociar uma viabilização da solicitação desse movimento”, disse o tenente Thiago Almeida.
Segundo ele, os integrantes não invadiram a área das máquinas, apenas o pátio da usina. Não há previsão para o encerramento da ocupação.
Além do MST, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), o Movimento Luta pela Terra (MLT), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento Via do Trabalho (MVT), Movimento Unidos pela Terra (MUPT) e Terra Livre participam da ocupação.