No primeiro semestre deste ano, a Unidade de Emergência do Agreste, localizada no município de Arapiraca, atendeu a 778 pessoas vítimas de picadas de escorpião. A assessoria de comunicação do hospital informou que a Unidade é referência e atende a 46 municípios do interior do estado. Os dados não apontam especificamente onde residem os pacientes.
O bicho tem hábitos noturnos. Ele se alimenta principalmente de cupins, moscas e baratas. Em Arapiraca, o tipo que mais aparece, segundo informações do Centro de Controle de Zoonoses, é o escorpião da espécie amarela, mais conhecido como “Amarelo do Nordeste”.
De acordo com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Unidade de Emergência, Ana Lúcia Alves, todos os escorpiões apresentam risco, mas a letalidade vai depender de vários aspectos. “É preciso observar a faixa etária, como maior incidência em menores de 7 anos e idosos, em pacientes com comorbidade, o local da picada e o tempo decorrido entre o acidente e o atendimento, que podem agravar os sintomas e levar o paciente a óbito”, enumera.
A assessoria do hospital informou que não houve registro de nenhuma morte este ano.
No caso de acidentes envolvendo escorpiões, a médica fez algumas recomendações. “É importante lavar o local da picada com água e sabão; não fazer torniquete ou garrote, não furar, não cortar, não queimar, não espremer, não fazer sucção no local da ferida e nem aplicar folhas, pó de café ou terra sobre ela para não provocar infecção; não ingerir bebida alcoólica, querosene, ou fumo, como é costume em algumas regiões do país; levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento em tempo”, relata.
A Prefeitura Municipal de Arapiraca informou que lançou em meados de abril o programa “Arapiraca Cuida de Mim”, que tem como uma de suas vertentes dar protagonismo à população para os serviços públicos, dentre os quais está a destinação correta do lixo, entulhos e podas.
A Secretaria de Serviços Públicos da cidade está se articulando para disponibilizar pontos espalhados pela cidade para o recebimento dos entulhos e podas. Apesar dos constantes mutirões realizados pela prefeitura, muita gente ainda descarta esse tipo de material junto com o lixo comum e em local impróprio, o que acaba atrapalhando.