O Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) realizou operação nesta nesta quarta-feira, 01, para prender o secretário de saúde de Mata Grande, Gabriel Brandão Gomes, e o empresário Carlos Rodrigo de Barros Barboza Leão.
Os mandados de prisões são resultados da quarta etapa da Operação Sepse, que tem o objetivo de desbaratar um esquema de suposta compra de medicamentos por meio de notas fiscais fraudulentas.
Gabriel, que é primo de Jacob Brandão, não foi localizado e já é considerado foragido da justiça. Além disso, também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, dois de sequestros de bens e cinco de quebra de sigilo bancário, inclusive do ex-prefeito de Mata Grande, Jacob Brandão. Todos foram expedidos pela 17a Vara Criminal da Capital.
De acordo com o Ministério Público, Gabriel tinha mais facilidade para isso em função de estar no comando da Secretaria Municipal de Saúde daquele município.
Distribuidora – Segundo os promotores de justiça do Gecoc, o acusado Carlos Rodrigo Leão é proprietário de algumas empresas de fachada que atuavam vendendo notas fiscais falsas para agentes públicos. E foi justamente por uma dessas empresas, a R.R Distribuidora LTDA, que os operadores do esquema conseguiram desviar R$ 1,5 milhão da Prefeitura de Mata Grande.
Para se ter uma ideia da participação de Leão, ele se apropriava de cerca de 8% do total dos valores desviados. Carlos Rodrigo Leão foi preso num motel, em Arapiraca, cidade onde ele reside.
Já Gabriel Brandão Gomes e Jacob Brandão ficavam com o restante dos valores, montante que ainda era dividido com outros participantes do esquema.