Julgamento: peritos concluem que mulher acusada de matar filhos agiu em consciência

A ré Arlene Régis dos Santos acusada de matar dois filhos em 2009 foi conduzida a júri popular nesta segunda-feira (19), no Fórum da Capital. Uma das testemunhas, o psiquiatra Ronaldo Lopes concluiu após consulta médica que a mulher teve total capacidade de entendimento no ato do crime.

O especialista enfatizou durante o julgamento que apesar de apresentar sinais de um transtorno de personalidade, a ré ainda sim possui capacidade de autodeterminação.

Além do psiquiatra, outras duas testemunhas foram ouvidas. O psicólogo José Adão Lima, disse que a paciente passou por testes psicológicos que confirmaram conflitos intrapsíquicos, e concorda com o psiquiatra quanto à consciência sobre o crime, já que a mesma recordou de todos os detalhes.

Arlene dos Santos que atualmente se encontra internada em um centro psiquiátrico é acusada de matar os filhos Antony Pedro Santos Nobre, de 7 anos, e Abelardo Pedro Neto, de 12 anos, como forma de se vingar do ex-marido, por ter terminado o relacionamento. 

O juiz John Silas explicou que um laudo no processo indicou que a ré é não tem capacidade de discernimento totalmente íntegra. “Se for considerada semi-imputável, algumas medidas cautelares deverão ser impostas a ela”, explicou.

Em depoimento o ex-marido de Arlene afirmou que sofreu ameaças por meses. A mulher dizia que faria mal a alguém que ele amava, mas ele não imaginou que ela agrediria os filhos, já que sempre foi uma boa mãe. Ainda segundo ele, a mulher apresentava instabilidade emocional e se envolveu com a religião Umbanda e a Igreja Universal, quando o relacionamento se deteriorou mais. Ela começou a apresentar manifestações supostamente sobrenaturais, como se estivesse sendo possuída.

O advogado da ré,  Cristiano Barbosa Moreira pediu que a mulher continue recebendo tratamento e não que seja condenada a prisão. Para ele, a mulher é perturbada psicologicamente, emocionalmente e inclusive espiritualmente.

 

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