Um levantamento feito junto a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), apontou que entre as 15 empresas que mais devem o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a seus empregados no Brasil, a Laginha Agroindustrial ocupa o 7°lugar com uma dívida de em torno de R$ 103 milhões em atrasos aos trabalhadores.
O FGTS é considerada uma das primeiras dívidas a não serem pagas assim que uma empresa começa entrar em crise. Em abril, o montante devido cresceu 13,5% em relação ao mês imediatamente anterior. Só os 15 maiores devedores atingiram cerca de R$ 2,17 bilhões em passivos.
Além de a bola de neve aumentar, há a possibilidade de o fundo não conseguir receber o montante total devido, pois a maioria das maiores empresas devedoras está em processo de recuperação judicial ou a empresa já faliu.
A massa falida de algumas empresas famosas está na lista. É o caso das duas primeiras da lista, a Varig, que lidera com uma dívida de R$ 820 milhões, e da Vasp, com R$ 160 milhões em débito.
O setor de educação também se destaca. Dentre as 15 maiores companhias em débito com o fundo, cinco são educacionais. A Associação Sociedade Brasileira de Instrução, dona da Universidade Cândido Mendes (terceiro lugar no geral -R$ 132 milhões), e a Gama Filho (quarto lugar -R$ 130 milhões) são as que acumulam as maiores dívidas no setor.
Na lista, também aparecem grandes empresas multinacionais, como a Vale (sexto lugar, com R$ 105 milhões) ou prestadoras de serviço como a Eletropaulo (oitavo lugar -R$ 91 milhões).
Com tantos problemas, o trabalhador deve ficar atento e verificar rotineiramente se os depósitos estão sendo realizados pelo empregador. Caso o trabalhador identifique um problema, deve informar a empresa e exigir o depósito.
