Major Fragoso rebate críticas e reafirma enfraquecimento de líderes militares

Uma matéria relacionada a um suposto enfraquecimento das lideranças militares, veiculada nesta quinta-feira (17), pelas redes sociais, está causando confusão entre diretores. Ainda na tarde de hoje, o presidente da Associação dos Militares de Alagoas (ASSOMAL), Cláudio do Nascimento pediu direito de resposta, quanto a divulgação de que a classe havia fracassado nas negociações com o Governo do Estado, que ofereceu ontem, um reajuste de 12% no repasse dos salários.

No texto divulgado, os líderes do movimento Cel Cláudio e Tenente Camila, admitiam supostamente, que não havia mais condições de avançar com as reivindicações e por isso o acordo já estaria próximo. Ainda nas alegações, alguns integrantes da tropa não aprovaram a condução das negociações por parte dos lideres. No fim da declaração, os lideres supostamente admitiam que saiam no prejuízo por não terem sido bons na negociação.

Após avaliar a matéria publicada, ele pediu por um direito de resposta, alegando que não haviam sido consultados e que por tanto as informações eram falsas.  Para ele, o texto apresentado em sites tem o mesmo formato, de um texto publicado em grupos de whatsapp de autoria do ex-presidente da ASSOMAL, Major PM Fragoso, o qual ele classificou como revanchista e ciumento.

Além disso, ele aproveitou a oportunidade para revelar que Fragoso têm pendências judiciais em relação as gestões passadas da ASSOMAL, a qual foi presidente. “Ele não deixou saudades, prova disso foi a sua derrota nas últimas eleições, mesmo com tentativas indecentes de interferir nas votações”, lembrou.

Sabendo da situação, o Major Fragoso disse que a nota de repúdio, utilizando seu nome, não o atinge. Ele inclusive, admitiu ter repassado a matéria que estava circulando pelas redes sociais, apesar disso, afirmou não concordar com a forma e condução do movimento considerado por ele como “movimento político”. ” Vejo que nas assembleias a preocupação maior de alguns líderes é de fazer self. Em momento algum interferi para desacreditar ou desestabilizar o movimento, pelo contrário ainda estou torcendo que dê tudo certo”, esclareceu.

Para rebater as acusações, ele contou que circula pelas redes sociais uma mensagem do presidente Claudio e Camila. Nela, os líderes diziam implicitamente, que estariam prestes a aceitar o reajuste do governo. No áudio, a Tenente Camila reitera que o governo havia dado a última proposta, e pede aos militares que sejam realistas quanto a situação.

“Temos que colocar os pés no chão, não adianta chegar e dizer que não aceita para não continuar com o movimento. Muitos companheiros já voltaram para seus municípios, e até mesmo a ronda nos bairros não parou”, comenta em áudio. Confira;

Em outro áudio, o Cabo Lages não concorda com a decisão prévia de Camila, já que ele faz parte da reserva, e só iria ser contemplados ano que vem. “È uma propaganda muito bonita, essa proposta para  mim é indecente. Toda vez essa só lembram do pessoal da ativa, inativa é só para fazer número em assembleia”, reclamou, alegando não retirar a opinião. Ouça abaixo,

Para o Sargento Custódio que esteve presente nas três reuniões com o governo, as negociações fracassaram por alguns motivos. Nesses encontros, os militares poderiam segundo ele, ter aproveitado o grande número de PMs  na segunda assembleia e anunciar aquartelamento, a fim de mobilizar a tropa.

Custódio disse ainda que os militares entraram em debates lisonjeiros e permitiram a marcação de reuniões espaçadas, que acabaram por enfraquecer o movimento. Ele finalizou concluindo que a fraqueza de fato acompanhou as lideranças, mas que 70% dela veio por parte da tropa.

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