A notícia de que as eleições para governador no Tocantins obteve mais de 40% dos votos em situação de abstenção, nulidade e em branco, provocou reflexão na Câmara de Vereadores de Maceió.
Na sessão desta quarta-feira (06), o vereador Samyr Malta avaliou que o percentual registrado em outro estado, estava relativamente associado a falta dos eleitores aos locais de votação.
Por conta disso, o vereador conversou com os parlamentares sobre a possibilidade de sensibilizar a prefeitura para aceitar um projeto que isentasse a taxa do transporte público no dia da eleição.
“A questão de não ir votar pela decepção para com os políticos, ou votar nulo, tudo bem, mas não é a melhor saída, o melhor é sempre escolher seus representantes. Para que haja essa condição, vou pedir urgência no projeto e já trago na próxima terça”, prometeu o vereador.
A ideia é que com aprovação do projeto, os eleitores passem a partir das eleições de outubro desse ano, a não pagar a passagem do transporte público.
A medida segundo o Vereador José Márcio Filho, não iria causar qualquer dano as contas públicas, uma vez que essa taxa no transporte público, só seria isentada de dois em dois anos, e como as eleições ocorrem no domingo, em Maceió a prefeitura só iria arcar com a metade do valor já que existe na cidade, o programa ” Domingo é meia”.
“Muitas vezes o colégio de votação das pessoas é longe de onde elas moram, e acabam não indo votar por falta de dinheiro”, relatou.
A casa voltou a se manifestar sobre o assunto na voz do também vereador Silvio Camelo, que lembrou que o eleitor prefere muitas vezes pagar pela multa eleitoral, que quitar a passagem, tendo em vista que o valor da multa é mais barato.
” Hoje com a crise econômica que vivemos ter que pagar 3,00 reais para chegar ao local na votação é muito. Assim a multa acaba sendo mais viavel, porque é mais barata que a passagem”, explicou lembrando que outrora o projeto já havia sido sugerido na casa, mas foi vetado em uma gestão passada.