Candidatos a Presidência renunciam mais 350 bilhões para “salvar” contas públicas

Os candidatos à Presidência da República apoiam o corte de R$ 354 bilhões de isenções e subsídios para garantir a volta das contas públicas para o azul. Os assessores econômicos dos candidatos também falam em cortar despesas em outras áreas do governo, e têm preferido dar destaque para o tamanho da arrecadação que o governo perde anualmente com as benesses.

Um Economista do PSOL acredita em uma redução de até  R$ 55 bilhões em renúncias, principalmente na desoneração da folha de pagamento de empresas, na saúde, na agropecuária, na educação e nos transportes.

Mauro Benevides Filho, que assessora Ciro Gomes, do PDT,  mencionou a possibilidade de cortar R$ 45 bilhões em renúncias, mas não revelou os alvos. JáJosé Marcio , que assessora o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), afirmou “não ter dúvidas” de que o próximo governo terá de cortar subsídios e defendeu a manutenção de benefícios apenas a setores que trazem retorno à sociedade.

Uma das poucas pistas dadas por Pérsio Arida, que assessora o candidato tucano Geraldo Alckmin, é a defesa do fim ao tratamento fiscal privilegiado de papéis como LCAs e LCIs, que são isentos do Imposto de Renda. Ele também defendeu rever renúncias e disse que benefícios a mais ricos não fazem sentido, embora não tenha detalhado como cortará os benefícios.

Ana Paula Oliveira, coordenadora econômica do Podemos, disse que todos os subsídios e renúncias fiscais serão alvo de revisão no primeiro ano de um eventual governo Alvaro Dias. Paulo Guedes, representante do candidato Jair Bolsonaro (PSL), e os economistas de Marina Silva (Rede) também defendem redução “substancial” dos benefícios fiscais, mas sem dar detalhes dos setores que poderiam ser atingidos.

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