Após operação do MPE, nesta quarta-feira (5), que afastou seis vereadores da Câmara de Mata Grande, além da decisão que impede que quatro ex-vereadores ocupem cargos públicos – todos suspeitos de envolvimento em um esquema que desviou cerca de R$ 1 milhão de recursos públicos -, as apostas apontam que os próximos alvos são o prefeito Erivaldo Mandú (PP) e o atual presidente da Câmara, Rodolfo Izidoro (MDB).
Embora a operação tenha ocorrido sobre ações da gestão anterior, os dois faziam parte do mesmo grupo político. O atual prefeito, por exemplo, era o vice. A suspeita é que o esquema passou de uma legislatura para outra.
Além disso, o que torna ainda maior a possibilidade de os desdobramentos atingirem o chefe do Executivo é o fato de que o prefeito Erivaldo Mandú foi preso em uma operação do Ministério Público, no final do ano passado, após ter sido filmado pagando propina a vereadores em troca da aprovação de projetos de interesse do Município .
Depois da prisão, ele está no exercício do cargo após ter sido liberado pelo Tribunal de Justiça, mas ainda sem ter sido submetido ao julgamento do mérito.
E quem está nos calcanhares da turma de Mata Grande é o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, que inclusive foi o responsável pelo pedido de prisão de Mandú, e não costuma deixar apurações pela metade.