O consumo nacional de energia elétrica alcançou 41.142 gigawatts-hora (GWh) em janeiro, o que corresponde a um crescimento de 3,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. O crescimento foi observado na maior parte do Brasil. No Sudeste, principal centro de carga do País, a expansão observada foi de 4,3%, enquanto houve expansão de 8% no Centro-Oeste, 6,2% no Sul e 3,2% no Nordeste. Na contra-mão, o consumo no Norte recuou 8,9%.
Dentre as principais classes de consumo, o melhor desempenho foi o da residencial (+8,0%), especialmente favorecida pelas temperaturas mais elevadas em relação a 2018, com a persistência de muitos dias com os termômetros acima de 28ºC em grande parte do País. Essa variável também teve impacto no consumo do setor comercial (+5,9%).
No segmento residencial, houve expansão mais acelerada nas regiões que sofreram com as maiores temperaturas: Sudeste (+8,3%), Centro-Oeste (+10,8%) e Sul (+15,2%).
“O crescimento expressivo, chegando a taxas de dois dígitos em alguns estados, sobretudo nas regiões destacadas acima, foi impulsionado em grande medida pela demanda para climatização de ambientes”, comentou a EPE, em relatório.
O segmento industrial, por sua vez, apresentou queda na demanda de 0,4% em janeiro. A EPE diz que, ao observar o comportamento do consumo das indústrias, nota que há trajetória de queda no último trimestre de 2018, acompanhando a produção física industrial (PIM-PF/IBGE).
Dos 10 ramos da indústria que mais demandam eletricidade da rede, cinco tiveram desempenho positivo no mês, com as maiores altas nos setores químico (+8,7%), fabricação de produtos alimentícios (+2,3%) e extrativo mineral metálico (+1,6%). Já as principais baixas foram observadas no setor automotivo (-7,7%), metalúrgico (-6,1%) e têxtil (-4,9%).
No recorte pela modalidade de contratação, o mercado cativo, atendido pelas distribuidoras, subiu 3,5% em janeiro, enquanto o mercado de livre, em que consumidores escolhem seus fornecedores, cresceu 4,4% no período.