Quanto aos exames de colonoscopia, são ofertados 50 por mês, nos hospitais do Açúcar e Santa Casa de Maceió.
“Há um nítido paradoxo. Enquanto houve exponencial aumento populacional e envelhecimento dessa população, com reflexos diretos no número de pessoas com necessidade de realização dos exames que detectam graves enfermidades, tais como o câncer gástrico e de cólon, denota-se uma redução no atendimento, especialmente através da suspensão dos serviços anteriormente ofertados pelo Hospital Universitário, gerando filas volumosas que têm como consequência o agravamento das enfermidades não diagnosticadas e os óbitos de muitos pacientes que não chegam a ter acesso ao tratamento de saúde adequado”, afirmam os defensores.
“No caso em tela, o colapso do sistema mostra-se evidente, uma vez que as requisições para a realização destes relevantes exames estão aguardando período superior a um ano para serem atendidas. Assim, quanto mais tempo as pessoas elencadas passam sem que os exames sejam concretizados, potencializa-se o risco de dano irreparável a saúde do paciente e, não raro, risco de morte”, acrescentam.
Os defensores ressaltam, ainda, que a seriedade do caso requer que sejam adotados todos os meios possíveis para que as pessoas elencadas na listagem e todas aquelas que apresentem a devida requisição obtenham acesso em tempo razoável ao exame de que necessitam (endoscopia digestiva ou colonoscopia). “Os procedimentos médicos devem ser disponibilizados aos pacientes ainda que sejam efetivados por intermédio de instituições privadas, dentro ou fora do Município, a fim de fazer cumprir a responsabilidade legalmente imposta ao Poder Público. A submissão a meras formalidades e previsões burocráticas não pode prevalecer em detrimento de um direito sagrado e constitucionalmente garantido”, concluem. (Assessoria)