O Presidente do PSL AL e Policial Federal Flávio Moreno, conforme publicação nesse jornal, foi a primeira liderança de expressão no atual cenário político do Estado a pedir ainda em janeiro de 2019 a retirada da Braskem da orla de Maceió e transformação do local em um complexo hoteleiro e náutico, que pode empregar milhares de pessoas.
Na verdade, o Moreno foi a única liderança macro que teve coragem de pedir o fim das atividades da mineradora em Maceió. O posicionamento da empresa em Marechal Deodoro é uma alternativa mas, contudo, a extração do sal gema se tornou inviável. A lucratividade alcançada em décadas de operação devem servir para indenizar os moradores atingidos e recuperar a região. Além disso, deve-se buscar alternativas para a cadeia produtiva do setor.
No laudo da CPRM em relação ao Pinheiro ficou evidente também a responsabilidade do poder público Municipal e Estadual nos problemas enfrentados, conforme a conclusão do laudo: “Este processo erosivo é acelerado pela existência de pequenas bacias endorreicas, falta de uma rede de drenagem pluvial efetiva e de saneamento básico adequado.”
Flávio Moreno confirmou seu pedido de retirada da Braskem logo após participar da audiência pública no último dia 8, onde a laudo do CPRM – Serviço Geológico Nacional confirmou a mineração como responsável pelos processos de fissuras, rachaduras e problemas enfrentados pelos moradores do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e região. A responsabilidade do Município e do Estado não podem ser desconsiderada. Assim como, dos órgãos de fiscalização, independente do poder.
”Durante quatro décadas, houve exploração da mineração e os poderes públicos Municipal, Estadual e Federal foram omissos no mínimo em não detectar os problemas da mineração e armazenamento de cloro soda em área urbana. Em maio de 2011, um vazamento de cloro e gás na Braskem levou ao Hospital Geral do Estado (HGE), mais de 130 moradores da Barra do Pontal, em Maceió. Os pacientes deram entrada na época com sintomas de intoxicação respiratória, dos quais muitas crianças e idosos. A explosão de um dos reservatórios de cloro e gás, produtos altamente tóxicos podem provocar um desastre pior do que os imaginados no Pinheiro e bairros adjacentes.
A Braskem sabe do potencial danoso e risco da operação em área urbana. Pedi a Polícia Federal que entrasse no caso.
Defendo a alocação da Braskem em área não urbana de Alagoas, assim como, a recuperação dos bairros atingidos pela mineração é a melhor solução, além da indenização dos moradores. A engenharia e tecnologia é capaz de solucionar esses problemas, conforme já apontamos em Plano de Recuperação enviado ao Presidente Bolsonaro, o único presidente que priorizou a tomada de decisões em relação a situação. Continuo conversando com peritos, engenheiros e profissionais da área, tenho certeza que com seriedade e junção de forças podemos resolver a situação e atender os moradores da região”, finalizou Flávio Moreno.
Nota da Braskem:
“A Braskem iniciou o processo de paralisação da atividade de extração de sal e da consequente paralisação das fábricas de cloro-soda e dicloretano localizadas no bairro do Pontal da Barra em Maceió/AL. Além disso, a Companhia está avaliando os impactos na planta de PVC em Marechal Deodoro/AL e nas suas plantas do Polo de Camaçari/BA, uma vez que estão integradas na cadeia produtiva. A empresa usará todos os padrões de segurança aplicáveis para esse processo.
Essa medida ocorre em função dos desdobramentos decorrentes da divulgação do Relatório n.1 pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM, que discorre sobre as causas dos eventos geológicos que afetaram o bairro do Pinheiro. A Companhia analisará os resultados apresentados bem como as medidas cabíveis a respeito do assunto. A Braskem vem colaborando com as autoridades na identificação das causas dos eventos com apoio de especialistas independentes. Tendo em vista o compromisso com a segurança das pessoas, a Braskem reafirma que continuará implementando as ações emergenciais na região e avaliará junto aos órgãos competentes a implementação e adoção de medidas adicionais”.