O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) está em guerra contra fraudadores dos cofres públicos. Nos últimos dois anos, empresários, agentes fiscais e os famosos “laranjas” chegaram a ser presos acusados de lesar a Receita Federal e também o erário do estado. Tudo a partir de esquema de sonegação fiscal, um crime silencioso, mas que na prática faz muitas vítimas.
O MP-AL tem atuado também dentro do governo estadual. Na segunda-feira, 10, o órgão fiscalizador estava ausente na 9ª Conferência Estadual de Saúde. O fato deixou muita gente curiosa. Mais tarde, o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar, se posicionou a respeito.
Segundo ele, “não havia clima para ir, o MP pediu o afastamento do presidente do Conselho e está investigando outro conselheiro”.
A atitude chega ser louvável em tempos onde o Judiciário está em crise. Depois da denúncia de que o ministro da Justiça Sérgio Moro, quando juiz federal, trocou mensagens indevidas sobre julgamento de Lula com o procurador da República, Deltan Dallagnol, a Justiça brasileira está em xeque.
Porém, o comportamento de Gaspar, que preferiu se distanciar do alvo acusado, no caso o Conselho de Saúde, é de boa índole e de muita coerência. Ponto para o MP-AL.