O prefeito de Rio Largo Gilberto Gonçalves (PP) está sumido do município. O motivo? Ele não quer ser notificado pela Câmara de Vereadores quanto à segunda denúncia de corrupção que chegou ao Legislativo.
O gestor foi notificado na primeira, mas não deve ter gostado de ter sentido o gostinho da pressão popular. Agora, a Câmara fará a comunicação por meio do Diário Oficial do Município.
Caso semelhante aconteceu com a secretária de Estado de Cultura, Mellina Freitas, quando era prefeita de Piranhas. Colecionadora de processos, ninguém achou onde ela morava para entregar intimação.
No final de maio, Gonçalves foi acusado de utilizar viaturas oficiais da prefeitura, além de funcionários municipais, para transportar animais abatidos.
Mas o fato mais grave é quanto ao nepotismo. O prefeito nomeou a filha, Gabriela Cristina Gonçalves da Silva Cordeiro, para o cargo de secretária municipal de Relações Institucionais (SERIN).
De acordo com vereadores, com 19 anos, a jovem não possui idade mínima estabelecida por lei para exercer o cargo de secretária municipal. O filho do prefeito, Geoberto Gonçalves da Silva Cordeiro, também foi nomeado para o cargo de secretário de Agricultura e Defesa Civil.
Ambos seriam laranjas das empresas do próprio pai.
Segunda denúncia
Já em junho, a Câmara de Vereadores de Rio Largo aceitou as denúncias apresentadas pelo Helder Cavalcante de Moura contra o prefeito do município, Gilberto Gonçalves (PP). Ele é acusado de crimes de responsabilidade e atos de improbidade administrativa.
Caso comprovado, Gilberto Gonçalves pode ser cassado dando lugar a vice-prefeita, Cristina Gonçalves, esposa do gestor.