Em maio deste ano o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou uma auditoria segundo a qual 37,5% das obras financiadas com recursos da União estão paradas ou inacabadas. Ao todo, a área técnica do tribunal analisou 38,4 mil obras, entre abril e maio do ano passado. De acordo com o relator do processo, ministro Vital do Rego, as obras paradas representam investimento previsto de R$ 144 bilhões, mas somente cerca de R$ 10 bilhões foram aplicados sem que tenha sido gerado benefício à população.
O é o deputado federal alagoano, Marx Beltrão (PSD) vai integrar, como membro titular, uma Comissão Externa da Câmara dos Deputados destinada a averiguar a situação destas obras por todo o país. Ele é coordenador da bancada alagoana no Congresso Nacional e ex-Ministro do Turismo. De acordo com o parlamentar, “na Comissão vamos não somente investigar o status desta vergonha nacional, que é ter milhões de recursos públicos investidos em obras que não andam, como também buscar responsabilizar que vem cometendo dano ao dinheiro do contribuinte ao não concluir as obras iniciadas”.
No requerimento de formação da Comissão, a deputada federal Flávia Morais (PDT/GO), autora do documento, afirma que “a paralisação, o atraso dessas obras eleva o risco de desperdício de dinheiro público e impactando no erário em razão do inevitável aumento dos custos no momento de retomada da obra. Além de prejudicar o desenvolvimento socioeconômico a população, que não contará com os benefícios dos projetos. Há, ainda, outro fator que poucos se lembram: o desemprego. No ramo da construção civil, por exemplo, as empresas precisam contratar funcionários quando ganham licitações, mas se veem obrigadas a demiti-los quando o contrato é suspenso.
Ainda segundo Marx, “o Brasil não pode se dar ao direito de desperdiçar um só centavo de recursos públicos e por isso precisamos de esclarecimento sobre estas obras inacabadas. Infelizmente, elas estão presentes em todo o Brasil e na Comissão Externa da Câmara vamos traçar este lamentável raio-x. Precisamos de mais responsabilidade na condução destes trabalhos e respeito ao dinheiro público” disse o parlamentar. (Redação com assessoria)