APROVEITADOR DA DESGRAÇA: MPE e Defensoria repudiam ações enganosas de Marcelo Palmeira

"População precisa saber disso para não ser enganada”, afirmam os promotores de justiça e defensores públicos.

Mais uma vez, o vice-prefeito e pré candidato à prefeitura de Maceió, Marcelo Palmeira, quis tirar vantagem quando o assunto é a população maceioense.

Nesta quinta-feira (5), o Ministério Público do Estado (MPE) e a Defensoria Pública, emitiram uma nota em conjunta onde fala da incapacidade da prefeitura de retirar as 2.500 famílias residentes nas áreas em perigo do bairro do Pinheiro, Mutange e Bebedouro.

Não é novidade para ninguém sobre o descaso dos três poderes em relação a tragédia anunciada que estes bairros vem sofrendo. Marcelo Palmeira que, atualmente, também é Secretário de Assistência Social do Município, tentou chamar a atenção dando a entender, em suas redes sociais, que estava fazendo alguma coisa quando, na verdade, continua de mãos atadas diante do problema que, até então, segue sem solução.

Os moradores vem se queixando faz tempo sobre o distanciamento da prefeitura e do “aproveitamento” de alguns para fazer política diante da situação, como é o caso do vice-prefeito. Ele vem tentando se promover com o caso Pinheiro para ser eleito nas próximas eleições.

Marcelo Palmeira já é conhecido em Alagoas por tentar comprar testemunhas, em 2010, para prejudicar o então vereador Nery Almeida. O esquema de Palmeira consentia em arregimentar pessoas que prestassem falsos testemunhos, dizendo que o vereador teria comprado votos. A denúncia seria levada à Justiça Eleitoral, para tentar cassar seu mandato. O beneficiado seria Palmeira.

Como se já não bastasse Rui Palmeira, será que teremos mais um Palmeira oportunista no poder?

Segue nota na íntegra: 

“Diante da informação repassada pela Defesa Civil Municipal, durante reunião de urgência realizada no último dia 05, de que não tinha condições de retirar os moradores da área de alto risco durante a quadra chuvosa, o Ministério Público Estadual de Alagoas e a Defensoria Pública do Estado de Alagoas solicitaram, nessa quarta-feira (03), ao juiz de direito da 2ª Vara Cível da Capital, o cumprimento da decisão, datada de abril deste ano, que determinou a indisponibilidade de ativos financeiros da Braskem S/A., no valor de R$ 100 milhões, para o custeio da remoção e pagamento de aluguel social aos moradores da área de maior risco.

“Esta é uma iniciativa exclusiva do MPE e da Defensoria Pública e repudiamos o oportunismo de setores políticos do executivo municipal diante de uma situação que nada contribuíram para resolver. A população precisa saber disso para não ser enganada”, afirmam os promotores de justiça e defensores públicos. 

A petição solicita, especificamente, a destinação de R$ 15 milhões do valor bloqueado para o pagamento dos aluguéis sociais aos moradores da encosta do Mutange, Jardim Alagoas, no bairro do Pinheiro e de parte do bairro do Bebedouro, representados pelas áreas rosa claro e escuro, azul claro e escuro do mapa de risco, apresentado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

De acordo com os promotores e defensores públicos, o objetivo da medida é salvaguardar os moradores por um período de 180 dias, tempo suficiente para eles serem incluídos em habitações que estão sendo construídas pelo Município de Maceió, dentro do programa Minha Casa Minha Vida.

“Estamos tratando das áreas mais críticas de todas que envolvem esta tragédia humanitária, que ainda não foram evacuadas, e requer a evacuação imediata e urgente, diante da atual quadra chuvosa que atinge a capital alagoana”, explicam os autores do requerimento”.

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