Os prefeitos de Alagoas e vereadores começaram as articulações para garantir os seus projetos de reeleição. Os adversários também se movimentam nos bastidores políticos. No Sertão e Agreste, antigos “coronéis” da política percebem a fragilidade do aparelho de segurança pública com efetivos defasados, querem manter seus redutos a qualquer preço e tentarão ampliar seus espaços de Poder. Nas prefeituras, o clima é tenso.
Entre os chefes dos Executivos municipais com medo morrer, dois estão na lista: o prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cézar da Silva (PSB), e Edimar Barbosa (MDB) entraram na linha de tiro dos pistoleiros. Os dois escaparam ilesos de emboscadas.
O caso mais recente é o do prefeito Júlio Cézar da Silva, de Palmeira dos Índios, a 136 quilômetros de Maceió. Ele tentará a reeleição. Ao saber de um suposto plano de execução, ele redobrou a segurança. O prefeito escapou, por sorte, de dois atentados porque os pistoleiros tiveram planejamento frustrado.
Segundo informações, a execução de Júlio Cézar está valendo R$300 mil. Parte do dinheiro ja foi investido em dois carros para os pistoleiros concluírem o seu trabalho.
Além dos carros, os envolvidos na trama criminosa gastaram pouco mais de R$ 20 mil em compras de pistolas, fuzis, munição, coletes, entre outros equipamentos para facilitar fugas e disfarces. Há 40 dias, os pistoleiros rondam aquele município do Sertão na divisa com a região do Agreste.
Existem indicativos de que o prefeito Júlio Cézar já deveria ter sido executado. A estratégia dos assassinos era aproveitar as visitas do prefeito em obras e atividades públicas na região, principalmente as que concentram muita gente. Nas duas emboscadas planejadas, não houve a consumação porque a movimentação popular foi pequena. O prefeito não sabia de nada.
Matadores
Dois grupos de pistoleiros foram contratados para matar o prefeito de Palmeira. Um grupo com quatro assassinos, alguns deles ex-policiais, foi arregimentado nas cidades próximas ao município de Bom Conselho, no interior de Pernambuco, região onde a polícia suspeita da existência de fazendas de criminosos que roubam bancos e matam políticos por encomenda. Outro grupo, também com quatro homens, são do Agreste: de Arapiraca e cidades vizinhas. Também há suspeita de ex-policiais envolvidos. (Redação A Notícia com Alagoas Alerta)