A Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) realiza, na segunda-feira (21), audiência pública para tratar do vazamento e recolhimento do petróleo que atingiu pelo menos 150 praias do Nordeste. O desastre ambiental sem precedentes será debatido no Plenário da ALE às 15h.
De origem ainda não identificada, novas manchas aparecem todos os dias. Já foram identificadas no município de Japaratinga, nas praias de Porto de Pedras, local de maior concentração de peixes-boi do Brasil, Barra de São Miguel, Feliz Deserto, Piaçabuçu, Paripueira, Roteiro, Barra de Santo Antônio, Marechal Deodoro, Passo de Camaragibe, Maceió e Coruripe.
Foram conviadis para a audiência os prefeitos dos municípios atingidos, o Instituto do Meio Ambiente (IMA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semarh), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a Marinha do Brasil, o Greenpeace e outras organizações não governamentais que cuidam do meio ambiente marinho, além da sociedade civil.
“A Assembleia, através da comissão de Meio Ambiente, esteve em algumas cidades e encontrou um cenário que requer uma ação emergencial, ou seja, uma atitude de todos os órgãos envolvidos”, afirma o deputado estadual Davi Maia (DEM), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Proteção dos Animais da ALE.
Em Alagoas, a remoção do material vem sendo realizada por órgãos ambientais em parceria com prefeituras locais e, estima-se, que cerca de 200 toneladas desse material foi removida em todo o Nordeste. Os estados de Bahia e Sergipe já declararam estado de emergência para facilitar a compra de equipamentos e materiais adequados para coleta e descarte do óleo.
“Até o momento, o Governo de Alagoas vem se negando a declarar Estado de Emergência, como fez Sergipe e Bahia, com o argumento que isso pode afetar o turismo alagoano. Precisamos de um exército limpando as praias. Precisamos de ação, afinal o petróleo está à vista e é um Estado de Emergência”, afirma Maia.