Iniciativa faz parte das atividades de educação patrimonial infantil do Suquinho de Memória, projeto feito em parceria com o Programa Criança Alagoana (Cria)
O Arquivo Público de Alagoas (APA), órgão vinculado ao Gabinete Civil do Estado, presta uma homenagem ao seu fundador, o historiador Moacir Medeiros de Sant’ana, com o lançamento do mascote Moacirzinho. Ao lado de Iara, a rainha das águas, e da Turma do Guerreirinho, Moacirzinho ilustra o Calendário Cultural 2020.
Com esses personagens, uma série de atividades didáticas será disponibilizada on-line para entreter as crianças durante o período da quarentena.
O novo mascote do APA foi inspirado no professor Moacir Medeiros de Sant’ana, que dedicou 45 anos de sua vida à preservação e guarda da memória histórica e administrativa de Alagoas. Junto à Iara e à Turma do Guerreirinho, Moacirzinho apresenta o Calendário Cultural 2020, com personagens mirins do folclore regional, criados pelo grupo de estudos Representações do Lugar (Relu), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e com o apoio da Imprensa Oficial Graciliano Ramos.
A proposta faz parte das atividades de Educação Patrimonial do Suquinho de Memória, projeto em parceria com o Programa Criança Alagoana (Cria), que tem o objetivo de atrair o interesse do público infantil pela cultura de Alagoas.
E como sugestão de entretenimento para a criançada neste período de quarentena, momento pelo qual os pais precisam ficar em casa com seus filhos, estarão disponíveis para download nas páginas oficiais e redes sociais do Arquivo Público de Alagoas, do Gabinete Civil e do Relu/Ufal, o Calendário Cultural 2020 vários desenhos para colorir e joguinhos temáticos. Moacirzinho, Iara e a Turma do Guerreirinho.
Segundo a superintendente do Arquivo Público, Wilma Nóbrega, a criação do mascote Moacirzinho visa facilitar a comunicação com o público infanto-juvenil na disseminação da educação patrimonial. A partir dessa concepção, a ilustradora Caroline Bastos, do Relu, adaptou a imagem do escritor alagoano para que com a Turma do Guerreirinho, no Calendário Cultural 2020, possam fomentar o conhecimento sobre fatos culturais, sociais, históricos e cotidianos do estado.
“O Moacirzinho é uma homenagem que o Gabinete Civil faz, por meio do APA, ao professor Moacir Sant’ana, o primeiro diretor do Arquivo Público de Alagoas, que é pesquisador, escritor, nomeado historiador por notório saber na área, e que deixou seu legado na preservação da história de Alagoas”, diz Wilma.
“Tive a grata satisfação de ouvir suas histórias sobre sua preocupação em salvaguardar os documentos e, mesmo com os parcos recursos e servidores para manter o APA, ele dedicou, acima de tudo, um grande carinho e zelo pela sua segunda casa. A ideia agora é incentivar as crianças a conhecer todo acervo e atividades desenvolvidas pelo Arquivo, com o Moacirzinho, um menino muito esperto que sabe tudo sobre o APA e que vai divulgar para as crianças alagoanas assuntos interessantes para seu crescimento pessoal e intelectual”, completa a superintendente.
O Moacirzinho estará sempre presente nos eventos realizados pelo Arquivo Público de Alagoas, como o Suquinho de Memória, as oficinas de preservação de acervo escolar e as atividades lúdicas e educativas, para despertar o sentimento de alagoanidade, de pertencimento e de cidadania nos participantes.
Calendário Cultural 2020 – Moacirzinho e a Turma do Guerreirinho
Além de supercolorido e divertido, o Calendário Cultural 2020 traz informações e curiosidades sobre a história e a cultura alagoana. A professora de arquitetura, Adriana Capretz, que coordenou a publicação, explica que o livro Efemérides Alagoanas, escrito por Moacir Medeiros de Sant’ana, foi usado como fonte de informações do projeto.
“Foi uma coincidência, quando fui pesquisar na literatura alagoana quem trabalhava com efemérides – que são as datas comemorativas e importantes – o livro que pegamos para fazer o calendário era de autoria do professor Moacir. Fizemos uma proposta para a Wilma, que ficou encantada, não só pela coincidência, mas por ser um assunto que tinha muita relação com a proposta do Suquinho de Memória. Fechamos a parceria para que a gente produzisse o material educativo e o Arquivo o disponibilizasse para as crianças, que participam do Suquinho”, disse Adriana.
Os personagens da Turma do Guerreirinho existiam antes da parceria com Arquivo Público. Eles foram desenvolvidos dentro do programa de educação patrimonial trabalhado pelo Relu e baseados no folclore alagoano.
Adriana Capretz conta que os mascotes surgiram quando perceberam que era preciso fazer um material infanto-juvenil didático, não só escrito numa linguagem que a criança entendesse, mas que fosse também visualmente atrativo. Na ocasião, a ideia de desenvolver mascotes com características regionais foi discutida com a ilustradora do Relu, Christiane Cavalcante (Chris K). A partir desse conceito, foram criados: o Guerreirinho, a Diana e a Dandara, que inicialmente não tinham esses nomes, eram Pastorinha e Baianinha; os três representavam os folguedos.
O trabalho foi ganhando corpo e mais figuras reconhecidos pela cultura alagoana. Surgiram a Branquinha e o Theo, por exemplo, influência marcada na vida pessoal da arquiteta. “As escolhas dos nomes Branquinha e Theo para os mascotes coincidem com a escolha dos nomes dos meus filhos, Branca, que é um nome muito presente nos lugares de Alagoas, e Theo – em homenagem a Theo Brandão. A seleção deles teve essa influência também, por eu não ser daqui, mas, como pretendia ficar e meus filhos nasceriam alagoanos, quis que eles tivessem nomes regionais”, revelou a professora.
Conheça os outros personagens e suas vestimentas que representam um folguedo:
Guerreirinho – Guerreiro;
Branquinha – Branca que é um nome muito presente nos lugares de Alagoas (roupa de festa junina);
Theo – homenagem a Theo Brandão (veste roupa de festa junina);
Iara – rainha das águas doces e salgadas (veste roupa do Coco de Roda);
Raimundo – personagem do livro Terra dos Meninos Pelados, de Graciliano Ramos, (veste roupa de Coco de Roda);
Aurélio – homenagem a Aurélio Buarque de Holanda (Chegança, veste roupa de marujo);
Martinha – referência à rainha Marta do futebol (veste roupa do Toré);
Diana – personagem do pastoril, conciliadora do cordão vermelho e do azul (veste roupa de Pastoril);
Dandara – em homenagem à Dandara, esposa de Zumbi dos Palmares (com vestimenta do Baianal);
Nise – homenagem à Nise da Silveira (roupa do Samba de Matuto);
Jorginho – homenagem a Jorge de Lima (roupa de Reisado);
La Ursa – urso de carnaval que também é muito presente no folclore em Alagoas;
Bumba – o boi também está presente na cultura de Alagoas, então foi criado o Boi, no caso ele se chama Bumba.
Link para download: https://drive.google.com/drive/folders/1rxRVtKeUcc1KZbmy1XO8AMEXnrqVZWm8
Agência Alagoas