“Prefeitos e governadores não podem decidir só por suas cabeças”, diz Paulo Solmucci
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, utilizou as redes sociais corporativas para cobrar transparência dos governadores e prefeitos a fim de que sejam tomadas decisões conscientes em meio à crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus.
“Qual é a real situação de cada localidade? Onde estamos mal, onde estamos bem? Onde estamos mal, o que estamos fazendo, e para quando devemos esperar os resultados? Onde estamos bem, quando abriremos o comércio e como faremos a reabertura?”, indagou o presidente da Abrasel em vídeo divulgado nesta terça-feira (14).
Em diversas localidades, decretos de isolamento social e fechamento de bares e restaurantes estão em vigor por recomendações de órgãos da Saúde. No entanto, Solmucci questiona o fato de os governantes simplesmente aceitarem e reproduzirem as decisões sem levar em consideração a opinião da própria sociedade.
“Prefeitos e governadores não podem decidir só por suas cabeças, alegando usar a ciência sem compartilhar a decisão sobre o destino da sociedade com ela mesma. Eles não têm mandato para esconder ou escolher baseado somente em seus valores ou interesses”, disse, enfático, ao passo que reconhece que a “atual situação é gravíssima, seja do ponto de vista social, da saúde ou econômico”.
Ele ressalta o fato de que os brasileiros vivem numa democracia e opina que não deve haver imposição dos governos, como numa ditadura, para que a população permaneça em casa. “Vivemos e queremos continuar vivendo em uma democracia onde a histórica frase do General Figueiredo não seja reeditada: ‘É pra ficar em casa mesmo e quem não quiser ficar, eu prendo e arrebento’. É inadmissível que qualquer governante espalhe o pânico”, ponderou.
Solmucci destaca que já paira sobre o país um clima de medo e que, justamente por isso, devem ser somadas apenas boas informações e transparência “para que a sociedade possa, junto aos seus governantes, tomar as decisões que atendam, da melhor forma, aos interesses coletivos”. Por fim, ele conclui sua mensagem incentivando a população a cobrar “transparência, já”.