Profissionais mencionam a exigência de repetições em gravações de videoaulas; audiência no MPT vai discutir o problema
Um grupo de professores da rede privada de ensino compareceu ao Ministério Público do Trabalho (MPT), nessa quinta-feira (16), para denunciar que a categoria está sendo submetida a estresse e a trabalho exaustivo, diante da necessidade de gravação de videoaulas durante o período de distanciamento social. Eles explicaram que, quando não recebem retorno positivo sobre a qualidade do material, precisam refazer a gravação por três ou quatro vezes. O Sindicato dos Professores (Sinpro/AL) acompanhou a reunião.
Os docentes passaram a ministrar as aulas de forma remota desde a publicação do decreto estadual que determinou a suspensão das atividades nas escolas, como medida de enfrentamento ao novo coronavírus.
O grupo explicou que algumas escolas particulares se adequaram à modalidade, no entanto, parte dos profissionais que não possuem experiência em ministrar aulas por meios digitais está adoecendo. O motivo é a carga de serviços gerada pela reclamação de pais e alunos a respeito da qualidade dos vídeos e das dúvidas sobre o conteúdo ministrado.
Segundo o procurador-chefe do MPT em Alagoas, Rafael Gazzaneo, há a expectativa de que os professores e as escolas privadas encontrem uma solução diante desse e de outros problemas, durante a audiência de mediação agendada para as 9 horas da próxima segunda-feira (20), na sede do MPT.
Na ocasião, as partes também irão discutir a possibilidade de conceder férias coletivas aos professores, para que os profissionais possam identificar as dificuldades encontradas na execução do trabalho remoto.