Após reservar R$ 11,5 milhões em emendas para a pasta da saúde da administração de seu adversário político em Maceió, o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB-AL) cobrou do prefeito Rui Palmeira (sem partido) o direcionamento de R$ 4 milhões deste montante para a Santa Casa de Misericórdia de Maceió superar a situação de guerra que o hospital expôs em seu enfrentamento à pandemia da covid-19.
Porém, a cobrança ganhou tom eleitoreiro. Isso porque nenhum centavo desta verba sequer caiu na conta do Fundo Municipal de Saúde de Maceió. Pré-candidato à Prefeitura, JHC disse que a capital alagoana concentra a maioria dos casos do novo coronavírus.
“A Santa Casa de Misericórdia de Maceió já anunciou que vive uma ‘situação de guerra’. Destinei R$ 11 milhões e 500 mil para o Fundo Municipal de Saúde da capital e solicitei que R$ 4 milhões sejam direcionados para o hospital. A decisão agora cabe a Prefeitura de Maceió”, escreveu JHC.
O secretário de Saúde de Maceió, José Thomaz Nonô (DEM), confirmou à imprensa que recebeu de JHC o ofício, de 20 de abril, que destina à pasta municipal R$ 11,5 milhões em emendas parlamentares remanejadas para ações de combate à pandemia.
Mas teve um imprevisto. “O dinheiro não chegou. Eu não estou dizendo que ele não botou [a verba para Maceió], não. Ele pode até ter botado, mas aqui não chegou. Não posso operar com esse dinheiro. Se você me perguntar se eu acho que [a verba] vem, acho. Mas, até agora, zero boi”. (Com Diário do Poder)