O presidente do PRTB, em Alagoas, o advogado Adeilson Bezerra, concedeu uma entrevista online, na terça-feira, 5, ao jornalista Paulo Memória, no quadro Papo de Quarentena. Na conversa, Bezerra falou sobre o que a população pode esperar das eleições mais incertas das últimas décadas. Incertas não por causa dos candidatos mas, sim, pela pandemia do Coronavírus que tem causado medo e mortes ao redor do mundo.
O bate-papo foi acompanhado por diversas personalidades da política alagoana, entre elas, o governador Renan Filho (MDB). “Afirmo, com certeza, que as eleições vão acontecer ainda neste ano.
Eleitores vão escolher candidatos ainda neste ano
As datas serão mantidas em outubro, primeiro turno, e novembro, segundo turno. Mas se a Covid-19 demorar, pode-se mudar artigos da Constituição, com uma PEC, e realizar o pleito em dezembro, no máximo. Esse ano vai haver eleição, mas algumas datas podem ser ajustadas”, declarou.
O entrevistado ainda defendeu que as cidades acima de 200 mil eleitores poderiam ter eleições em dezembro e as demais, menos populosas, poderiam ser mantidas no primeiro domingo de outubro. Salientou também que o Congresso só deliberaria esta matéria no final de junho e início de julho.
Voltando às eleições de Maceió, Bezerra diz que montou uma chapa que elegerá pelo menos dois vereadores na Câmara Municipal. Um dos nomes citados pelo advogado é o diretor do A Notícia, Wellington Sena, o Seninha.
Financiamento de campanha ainda é polêmica
Quanto ao financiamento de campanha, Bezerra informou que a data para que pré-candidatos comecem a firmar parcerias não deve ser alterada. “Um dia que acredito que não será mudado é a data de 15 de maio. É quando o pré-candidato começa a poder a arrecadar recursos. É importante para quem quer levar campanha a sério. Sempre fui favorável ao financiamento privado de campanha. Já o financiamento público deveria ser destinado aos partidos para manterem suas sedes e outras despesas. Mas claro que tudo deveria ser bem fiscalizado”.
Justiça Vs Presidência
Sobre Jair Bolsonaro, que defende a volta da ditadura e o fim do isolamento social em plena pandemia, Bezerra diz que o presidente não poupa críticas contra democracia. “Já cometeu crimes demais”, destacou. “Sou do partido do General Mourão, vice-presidente, um cara moderado, centrado, que estuda e que pensa antes de falar. Bolsonaro só fala o pior. Ele deixará sequelas na direita, uma marca de ferimento”.
Criticou a judicialização tanto no governo do PT e de Bolsonaro. Para ele, não há legitimidade do Supremo Tribunal Federal (STF) ao querer “barrar nomeações para cargos de indicação privativa do Presidente. “Quem ganha a eleição tem os cargos de livre nomeação e o judiciário não pode querer tutelar”.