A procuradora efetiva do município de Rio Largo, Karla Brandão Muniz Formiga de Carvalho, identificou irregularidades em contratos de locação de máquinas pesadas para reforma de escolas e compra de materiais de construção que alcançariam o valor de R$ 20 milhões, todos feitos pela Prefeitura.
Karla, ao se deparar com a corrupção, denunciou o caso aos órgãos de fiscalização do estado. Os contratos firmados, segundo ela, não teriam passado pelo crivo da Procuradoria. A denunciante acionou o Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Segundo a denúncia, a gestão municipal firmou contrato com, pelo menos, duas empresas que funcionariam de fachada nos municípios de Feliz Deserto e Marechal Deodoro. A procuradora afirma que os indícios mostram que as referidas empreiteiras não têm sede própria, só existindo mesmo no papel.
A relação entre o Município e as empresas teria sido consolidada em 2018 e, desde então, o contrato estaria em vigor. “Como procuradora do quadro efetivo há 18 anos, não tenho poderes para fiscalizar, mas também, não posso me omitir diante de uma denúncia que recebi por terceiros, mas que apresentam indícios de irregularidades”, declarou à imprensa.