ELLE QUER VOLTAR – Sabendo que querer não é poder, Collor mira presidência do Brasil

Fernando Collor caçoa de Bolsonaro e anuncia que será candidato à Presidência
Fernando Collor caçoa de Bolsonaro e anuncia que será candidato à Presidência

O ex-presidente Fernando Collor tirou uma onda com o governo Bolsonaro após a asneira proferida pelo ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, que afirmou que ‘o Norte e o Nordeste possuem mais casos de coronavírus pela proximidade com o inverno do Hemisfério Norte’.

Caçoando do presidente ou não, Collor, ainda nesta semana, informou que será candidato à Presidência da República, em 2022. Em conversas com aliados, Fernando quer ser uma frente contra a esquerda. Nos últimos meses, o ex-presidente começou a interagir com seus seguidores através do Twitter, pedindo até sugestões de séries e filmes.

Ainda nas redes sociais, Collor compartilhou um trecho da novela O Bem-Amado, de Dias Gomes, cujo personagem principal é o prefeito de Sucupira, Odorico Paraguaçu, político populista. A postagem foi interpretada pelos seguidores de Collor como uma indireta ao presidente Jair Bolsonaro.

No trecho compartilhado pelo ex-presidente, Odorico fala sobre uma epidemia com o secretário pessoal, Dirceu Borboleta. O secretário afirma que, se o prefeito não deixar que os medicamentos cheguem ao dr. Leão, eles não serão repassados aos cidadãos e será “um assassinato em massa, um genocídio”.

“Quem tá pensando em aumentar cemitério? Em genocídio?”, questiona Odorico. “O que eu não admito é que o doutor Leão se transforme em um herói. Eu não vou dar essa vitória de mão beijada para o inimigo. Se há uma vaga de herói nessa terra, essa vaga é minha!”

Odorico Paraguaçu estaria usando uma questão de saúde pública para se promover politicamente. A ideia do prefeito era desviar vacinas, mas garante que a população não ficaria sem – ele mesmo abrira um posto de saúde para aplicar as doses. Outro indício da associação foi a repetição da fala de Odorico Paraguaçu “e daí?”, dita por Bolsonaro quando questionado sobre as mortes por coronavírus no Brasil.

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