O deputado estadual Silvio Camelo (PV) encaminhou ao presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor, um requerimento solicitando que o Legislativo alagoano peça ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para que o Porto de Maceió não perca sua autonomia administrativa e financeira.
“O Porto de Maceió tem relevante importância na real conjuntura alagoana, sendo imprescindível permanecer com toda sua autonomia, caso contrário, será um retrocesso inimaginável para o Estado de Alagoas”, destacou o parlamentar.
Os procedimentos, que comprometem a autonomia do porto, já estão sendo adotados pela Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq), Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) e Conselho de Administração (Consad).
O caso
Na semana passada, o Sindicato dos Portuários do Estado de Alagoas (Sindport-AL) encaminhou às autoridades – entre elas o prefeito de Maceió Rui Palmeira e o governador Renan Filho – uma carta tornando pública a extrema preocupação ante os encaminhamentos que vêm sendo promovidos, na esfera federal, com relação à definição do destino do Porto de Maceió.
Segundo o sindicato, o Porto está sendo alvo de uma aplicação gradual de um conjunto de medidas administrativas e jurídicas suficientes para aniquilar de vez sua autonomia gerencial. O alerta é que o Porto de Maceió cairá nas mãos da Codern, situada a 500 KM da capital alagoana.
“Algo tão ilógico quanto constrangedor, tanto do ponto de vista econômico quanto do aspecto político”, pontuou a carta. O atual administrador do Porto é o almirante Joése de Andrade Bandeira Leandro. O documento assinado pelo presidente sindical Milton Lima enfatizou também que permitir que a atual administração continue investindo na redução gerencial do Porto significa patrocinar o esvaziamento econômico do Estado: “É inaceitável”.