O empresário Wellington Sena, mais conhecido como Seninha, registrou boletim de ocorrência contra o vereador por Maceió, Francisco Sales (PSB). Sales, durante sessão online na Câmara Municipal, fez ameaças e ofendeu a honra do empresário com palavras de baixo calão e mentiras. Agora, o caso irá para o Judiciário.
Conforme consta da denúncia, Sena foi surpreendido por vídeo de uma sessão pública do Legislativo maceioense na qual o vereador Francisco Sales faz várias acusações infundadas, ainda ameaçando a vítima. Além disso, o edil encaminhou mensagem de áudio diretamente para o telefone pessoal de Sena com mais difamações.
Sena, que é ex-diretor do jornal A Notícia, sempre denuncia diversos políticos. Na semana passada, expôs suposta compra de votos realizada por Sales, que não admitiu a denúncia.
“Se você quiser conversar comigo pessoalmente, vamos, a gente marca. Eu sou homem. Mas, sinceramente, não vá, é um recado para você, à esfera comercial”, disse.
Quanto à esfera comercial, Sales se refere ao negócio da família, dizendo que Sena pode entrar no embate político, mas sem envolver a empresa do vereador. “Você está mexendo em uma empresa íntegra. Vasculhe! Se você andar falando mentiras sobre ela pode ter certeza que não vou admitir. É um recado que eu dou a você”, ameaçou.
Ainda no mesmo áudio, Sales perdeu a compostura e começou a ofender Sena: “Você está passando dos limites, seu maloqueiro. Você é um vagabundo. Você está lidando com homem. Se você entrar na minha empresa, vou para cima de você. Você vai encontrar um doido na sua frente (…). Seu canalha”.
Relembrando: Francisco Sales é um dos campeões de distribuição de brindes e cestas básicas. O parlamentar será denunciado pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral em Alagoas (MCCE/AL), pelo Movimento Caras Pintadas e pelo Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa ao Ministério Público do Estado e o Ministério Público Eleitoral.
Em fotos e vídeos divulgados nas redes sociais, Sales aparece em atos de abuso de poder. “Essas distribuições é abuso de poder econômico e possibilitam a aplicação do art. 299, do Código Eleitoral, crime da promessa e entrega de bens de serviços para influenciar no voto”, destacou Fernando CPI, coordenador do MCCE-AL.
O CASO
No dia 17 de junho, Sales em sessão da Câmara tentou tirar a credibilidade de Sena. “Esse cidadão não é comunicador, não é jornalista. Ele não faz comunicação, ele faz distorção. A Câmara de Vereadores sustentou e ainda sustenta quem vem para extorquir. Em um país sério, ele estaria preso. Ele não faz jornalismo, ele usa os meios de comunicação para dizer mentiras. É um vigarista nato. A Câmara de Vereadores precisa ver as visualizações dos vídeos dele. O jornal dele ninguém quer ler”, disse.
Desequilibrado, continuou: “O jornal dele fala bem de quem paga e fala mal de quem não está pagando. Ele fica que nem um cupim até alguém ceder. Todo mundo sabe. Aqui em Alagoas, esse cidadão já falou de meio mundo de gente, membros do MP e do Tribunal de Justiça. Esse infeliz, vigarista, tem que parar de ser sustentado pelos cofres públicos. Ele vive do dinheiro do povo para mentir e ser sustentado. Não sei o quanto ele recebe por mês pelas distorções que faz, mas ganha muito mais que empresários sérios no estado”.
“Ele terá que provar tudo o que disse contra mim. E mais, vai ter que esclarecer à Justiça sobre essas ameaças contra minha pessoa. Não tenho medo por mim, mas temo pela minha família. Deixo tudo nas mãos do Judiciário a partir de agora”, finalizou Sena.