Operação da Lava Jato em Alagoas trouxe de volta velhos fantasmas. Batizada de “Navegar é Preciso”, a ação da Polícia Federal, realizada nesta quarta-feira, 19, prendeu os irmãos empresários German Efromovich e Jose Efromovich, donos estaleiro Eisa (Estaleiro Ilha S.A.).
A construção de um estaleiro pela empresa chegou a ser comemorada pelo governo de Téo Vilela, mas nunca saiu do papel.
Segundo a Polícia Federal, a empresa investigada teria realizado pagamento de propina a funcionário da estatal Transpetro, subsidiária da Petrobras, pelo estaleiro dos irmãos Eframovich, contratado por R$857 milhões para fornecer navios.
Em Alagoas, apreensões foram realizadas no Norcon Empresarial, em Maceió. Fotos da assessoria da PF mostram agentes federais em frente às salas 605 e 601, onde funciona uma multinacional e trabalharia a filha de um ex-secretário estadual.
Em 2010, o governo de Alagoas divulgou a informação que o Estaleiro Eisa Alagoas seria instalado em Coruripe, litoral Sul do Estado, com perspectiva de geração de 4.500 empregos diretos, somente nas primeiras fases do empreendimento.
O estaleiro fake foi amplamente defendido pelo secretário do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística de Alagoas, à época, Luiz Otávio Gomes.
“O empreendimento está consolidado, pois todos os estudos necessários mostraram o município de Coruripe como o local ideal, por conta de águas profundas e calmas, próprias para a atividade naval, além dos benefícios concedidos pelo Estado de Alagoas”, disse.
Agora, o estado sem estaleiro hoje goza de operações da Lava Jato devido golpes do passado.