O Senado Federal elegeu, nesta segunda-feira (1º/2), Rodrigo Pacheco(DEM-MG) para comandar a Casa pelos próximos dois anos. Após votação presencial e secreta, o parlamentar conseguiu 57 votos e assegurou sua eleição para presidente. Simone Tebet (MDB-MS) teve 21 votos.
O mandato do 68° presidente da Casa começa já nesta segunda. Aos 44 anos, ele comandará o Senado Federal até 31 de janeiro de 2023. O senador mineiro era o candidato apoiado pelo ex-presidente Davi Alcolumbre (DEM-MG) e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com o resultado, o Democratas comandará a Mesa Diretora por mais dois anos.
Há expectativa de que Pacheco, agora eleito, dê prosseguimento à agenda defendida por seu antecessor. Com apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o senador também teve o apoio de bancadas da oposição ao governo federal, como as do PT e da Rede.
Carreira política
Eleito por Minas Gerais, Rodrigo Pacheco é formado em direito e já atuou como o conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Antes de iniciar a carreira política, Pacheco atuou como sócio do advogado Maurício e Oliveira Campos Junior. Como advogado criminalista, esteve na defesa de condenados no processo do mensalão, como Vinicius Samarane, que foi diretor do Banco Rural. Enquanto defensor, se mostrou crítico ao poder de investigação do Ministério Público.
A jornada política do advogado começou em 2014, quando foi eleito deputado federal por Minas Gerais, pelo MDB (na época, PMDB). Em 2016, tentou sair prefeito por Belo Horizonte, mas ficou em terceiro lugar. Foi deputado até 2018, tendo sido presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Casa. Foi em 2018 que se candidatou para senador pelo DEM e foi eleito com 3.616.864 votos.
O parlamentar é herdeiro de duas empresas de transporte rodoviário em Minas Gerais, a Santa Rita e Viação Real. Administradas pelo pai de Rodrigo Pacheco, as companhias tiveram os interesses defendidos pelo senador em duas iniciativas legislativa.
A ação direta do parlamentar nos interesses das empresas familiares não repercutiu positivamente à época. Um dos projetos em que o senador teve influência foi um Projeto de Lei que prevê a limitação da concorrência entre as empresas do ramo de transporte de passageiros, medida da qual é defensor.
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