Alagoas nunca para de surpreender. A notícia que pegou todos de surpresa foi o indiciamento de Paulo Cerqueira, ex-delegado geral da Polícia Civil, em inquérito da Polícia Federal. O motivo? Ele teria arquitetado a morte do juiz aposentado Marcelo Tadeu. O valor que teria sido pago para os capangas executarem o serviço foi de R$ 20 mil. Apesar de todo escândalo, a PF alagoana preferiu o silêncio e argumentou que não se pronuncia sobre investigações em curso.
Marcelo Tadeu, quando quase foi morto – já que outra pessoa morreu no lugar dele por acidente -, pediu a Paulo Cerqueira para prestar depoimento sobre o caso. E o que aconteceu? Cerqueira ignorou. Na sexta-feira, Tadeu ficou revoltado ao ver que o delegado estava se escondendo atrás do cargo forjando um inquérito raso para possivelmente sair impune, quem sabe. Isso se Paulo Cerqueira realmente for culpado. Quem decidirá isso será a Justiça.
Polícia para quem precisa. E quando é a própria polícia que precisa ser policiada? Como diz o pensador Honoré de Balzac: “Os governos passam, as sociedades morrem, a polícia é eterna…”. Polícia é uma instituição firme que se auto protege. Agora é esperar que a Corregedoria de Polícia também investigue o caso. Mas como? Como essas autoridades vão investigar e ir contra um colega que conhecem há anos?”.
É necessário lembrar: o policial é um funcionário público encarregado de prestar a Segurança Pública à sociedade e deve agir sempre de acordo com a Lei. Quando ele comete algum abuso ou crime está sujeito a punição como qualquer outra pessoa do regime em vigor, pois ninguém está autorizado, no Estado Democrático de Direito, a praticar excessos. Estamos de olho!