“Cachorro que late não morde”, expressão que subentende que alguém que fala muito, pouco ou nada fará. É dessa maneira que muitos políticos agem: apenas gostam de discursar. Agora, trabalhar é outra coisa.
É a velha prática de mentir para conseguir um cargo na política. E essa velha estratégia também está emaranhada nos discursos dos novos políticos, aqueles que se vendem como a solução de problemas. Na política alagoana tem vários.
Geralmente, esses são filhos de pessoas que estão há anos no poder. Aparecem apontando uma fórmula mágica de como fazer as coisas darem certo. “Sangue novo, sangue jovem”. A herança familiar na política influindo nos resultados eleitorais ainda hoje é resultado de simbiose que envolve cultura do favor, marketing político e poder econômico.
A força da herança familiar persistindo nos processos eleitorais provoca discussão sobre o caráter e os limites da democracia brasileira. Devemos eleger parentes de políticos? É uma boa saída? Ou será que tudo isso não resulta na política de troca de favores, que acaba por se naturalizar e ser assumida como processo inerente à nossa sociedade?
Bem, já que os filhos e netos de políticos estão aí em cargos públicos, agora, é cobrar deles mais trabalho e menos amadorismo. Eles não devem se apoiar em feitos familiares. É a vez deles traçarem a própria história.