Assistência Social promove ação de combate ao trabalho infantil na parte alta de Maceió

Iniciativas como esta são comuns na capital alagoana e segue um cronograma organizado pela gestão na secretaria

A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), através do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), promoveu, nesta sexta-feira (03), ação de conscientização sobre o trabalho infantil na região da Cidade Universitária, parte alta de Maceió. Por meio de entregas de panfletos e colagens de cartazes, os colaboradores da Semas e do Conselho Tutelar da Região VIII passaram nas bancas de frutas e verduras da Feria Livre do Village Campestre e em restaurantes e lojas do Graciliano Ramos.

Segundo a Coordenadora do PETI, Vitória Ferreira, ações voltadas para a erradicação do trabalho infantil são comuns e acontecem durante todos os meses. Para a colaboradora, é dever do governo e da sociedade civil exterminar essa prática exploratória e incentivar a juventude a estudar.

O objetivo principal é sempre conscientizar à população sobre o combate ao trabalho infantil, porque sabemos que o índice referente à exploração desses jovens é enorme. A luta é grande, mas aos poucos estamos mudando a realidade de várias regiões”, afirmou Vitória.

De acordo com o Conselheiro Tutelar da Região VIII, Ewerton Pita, a colaboração da comunidade em procurar o conselho e denunciar práticas abusivas referentes ao trabalho infantil é de extrema importância. Para ele, o trabalho feito para mudar essa realidade é mais que necessário.

“A Semas e o PETI estão de parabéns por trazer essa demanda para a nossa região. A importância desse evento na nossa comunidade está justamente no fato de que os próprios comerciantes dos bairros denunciam essa prática ilegal e por isso que sentimos a obrigação de cair em campo para combater esse mal. Juntos iremos garantir os direitos das nossas crianças e adolescentes”, declara o conselheiro.

Trabalhando como comerciante há 25 anos, Socorro Barros diz que um dia atípico é não ver crianças trabalhando nas redondezas e que muitas das vezes os pais são vistos trazendo menores de idade para pedir dinheiro nos semáforos e trabalhar na feira. Para a dona da barraca de frutas, a iniciativa é de extrema importância para alertar os responsáveis de que lugar de criança é na escola.

“Por todos os lados é comum encontrar crianças trabalhando por aqui (Graciliano Ramos), principalmente arriscando a própria vida pedindo dinheiro nos semáforos. Ficamos preocupados porque elas podem ser atropeladas a qualquer momento. Muitas desses jovens não estudam e infelizmente perdem parte da infância por passarem o dia na rua e é por isso que o trabalho feito pela Secretaria de Assistência Social é preciso”, conclui a a comerciante

Iara Alencar (estagiária) – Ascom Semas

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