Quem diria, Fernando Collor, com medo da aposentadoria, virou chumbeta do presidente Jair Bolsonaro. Collor precisa de foro privilegiado, mas é arrogante demais para encarar uma eleição para deputado federal ou estadual. Para ele, é descer de patamar. E é mesmo. Mas, se candidatando a governador, a derrota é menos humilhante.
Se ele tentar se reeleger como senador, Collor vai sentir a amargura de perder o cargo para o ex-governador Renan Filho. Então, melhor bancar o puxa saco de Bolsonaro e concorrer num pleito que sabe que vai perder, mas numa majoritária.
Collor vai, enfim, se aposentar. Vai amargar o fim da carreira na política como Bolsonaro, esse que pode até ser preso após perder as eleições. Em Alagoas, Collor tem que se preocupar com as dívidas trabalhistas e como irá tirar seus negócios do buraco.
Vale lembrar que a Organização Arnon de Mello está em recuperação judicial. Collor que se vire para tirá-la da forca sem o uso de dinheiro público. Bolsonaro tem tudo para ser derrotado no primeiro turno. Queremos ver Collor lamentar essa aliança ridícula e covarde.