RUSGAS – Calheiros pede carteira de estudante de Arthur Lira após PSDB ir para o MDB

As carreiras são completamente diferentes. Um começou sendo um ícone da oposição em Alagoas quando enfrentando o ex-presidente Ernesto Geisel em visita a Alagoas, fez uso da metáfora do Baile do Imperial em sede da Assembleia da Legislativa do Estado, para ilustrar a recepção a Geisel, fato marcante naquela época. E até hoje.

Fez carreira política após se formar em Direito, e seguindo a paixão política se elegeu deputado federal constituinte transformando-se em grande defensor de várias causas, como a defesa negros e dos índios, das pessoas deficientes e das minorias, durante a confecção da Constituição do Brasil, quando trouxe para si, a presidência do PMDB em Alagoas, até os dias atuais, sempre sob o seu comando.

Atualmente segue em seu quarto mandato de senador onde foi presidente da Casa do Salão Azul por mais de uma vez, perfazendo quarenta e quatro anos de mandatos, dos quais apenas duas vezes experimentou o sabor da derrota. Uma para prefeito de Maceió e outra para o governo do estado, eleição esta ainda sob a voz do silêncio.

Atingiu a idade adulta em meio às maiores raposas políticas do país em Brasília com quem aprendeu a lidar com o tempo e o vento. O outro, Arthur Lira, cresceu as unhas por entre as salas da Assembleia Legislativa do Estado – ALE – onde ao invés de ter deixado marcas como oposição, o fez foi pela presença do seu nome por entre todas as operações realizadas pela Polícia Federal na Casa de Tavares Bastos. Da Taturana à Surugate onde ainda hoje é investigado.

De Brasília aprendeu as lições de como se chegar rápido ao topo, presidente da Comissão do Orçamento – coisa aprendeu na ALE – e que terminou sempre em Operações da PF, dando um salto triplo para atingir à presidência da Câmara Federal, de onde fez refém o presidente Jair Messias Bolsonaro, o que lhe permitiu até introduzir o Orçamento Secreto no país, coisa nunca vista em nossa história política.

Ainda é um estudante do ensino médio se comparado a Renan Calheiros. Mas ousado como se fosse um expert para querer dominar Alagoas. Tentou duas vezes mostrar tamanho poder e nas duas vezes fracassou; na reeleição do pai para o senado, e também para governador com o pai candidato. E vai para a terceira derrota com a desastrosa formação da chapa Rodrigo Cunha/Jó Pereira, que por indicação do próprio deputado federal, Arthur Lira, foi para o PSDB de onde agora terá que apoiar ao MDB de Calheiros por decisão advinda Brasília. Federação.

Autor: Raul Rodrigues

Fonte: correiodopovo-al.com.br

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