TRAÍRA – Rodrigo Cunha dá as costas para a nova política e parte para vale tudo eleitoral

Não foi o pré-candidato ao Governo do Estado Rodrigo Cunha (União Brasil) que inventou a nova política em Alagoas, no entanto, fez dela seu discurso diário e constante em suas candidaturas. É certo que, até tempos atrás, sua narrativa chamava atenção dos alagoanos. Cunha defendia a boa administração dos gastos públicos e o compromisso com a coisa pública.

Defendia ainda, a bandeira da mudança dos políticos que faziam tudo e mais um pouco para conquistar um mandato.  Ele prometia renovação em meio a um cenário com eleitores desacreditados por falsas promessas de candidaturas passadas.

Atualmente, o pré-candidato ao Governo de Alagoas pelo UB vem chamando a atenção da população por comportamentos semelhantes aos mesmos políticos que até pouco tempo atrás ele atacava fortemente. É nítido o excesso não só das propagandas, inclusive em outdoor, espalhadas por toda capital alagoana mas também em suas redes sociais e até em eventos promovidos por instituições sem fins lucrativos com o uso de bandeiras e os famosos pirulitos. E sabe o que mais chama a atenção? É o fato de essas publicidades propagarem a ideia de que muitas ações administrativas realizadas pelo prefeito JHC são de autoria de Rodrigo.

Nesse instante, fica a pergunta: De quem é a elaboração das ações administrativas como a CNH Social e o Corujão da Saúde? Na falta de brilho próprio, Cunha se apropria de ações da gestão municipal para criar confusão na população como forma de ação promocional de sua pré-campanha, mesmo em desacordo com a legislação eleitoral. Parece que Rodrigo Cunha deixou de lado o discurso da nova política e agora faz exatamente tudo para alcançar seus interesses políticos. Será que ele se juntou à turma da velha política ou nunca representou, realmente, o novo?

Seus comportamentos estranhos levaram o Partido Patriota a entrar com ação sob número 0600183-87.2022.6.02.0000 justamente por estar descumprindo e ferindo várias determinações da Justiça Eleitoral.  Pelo visto, Cunha resolveu correr um alto risco em se antecipar na busca dos seus objetivos eleitorais e nem sequer pensou que suas atitudes podem lhe causar sérias consequências como ter sua candidatura impugnada, a exemplo do que aconteceu com a senadora Selma Arruda do Mato Grosso,  no último pleito, em razão de ter realizado gastos excessivos na pré-campanha com atos de propaganda promocional e fora do período previsto pelo Supremo Tribunal Eleitoral.

Até o presente momento, foram contabilizados  50 outdoors espalhados pela cidade, aproximando-se de um gasto na cada dos R$ 150.000,00 reais em apenas divulgações com esse tipo de veiculação. Tal valor poderia alimentar 842 famílias com cestas básicas ou abastecer cerca de 750 carros populares, por exemplo.

Provavelmente, Rodrigo deverá esclarecer e prestar contas em breve, não só à Justiça Eleitoral, mas a todos seus eleitores, sobre a origem do dinheiro investido nessas divulgações de pré-campanha. Independente dos recursos serem advindos do Partido União Brasil ou de sua verba de gabinete, é considerado como gasto ilícito pois está sendo utilizado em desvio de finalidade para promoção pessoal. Vale salientar que, mesmo que os recursos sejam próprios, poderá ser ainda pior para Cunha que pode ter a cassação do seu registro ou do seu mandato por abuso de poder econômico.

Enquanto isso, o alagoano fica sem entender essas ações duvidosas em pleno ano eleitoral e se pergunta: De onde vem os recursos  utilizados por Cunha durante essa pré-campanha? E por que ele mudou tanto entre o discurso e suas práticas, desde a eleição de 2018?

AÇÃO CAUTELAR PROTOCOLO - PATRIOTA X RODRIGO
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