A cabo da Polícia Militar Carla Poliana Crêspo Santos, preso hoje acusada de participar de organização criminosa, ironicamente recebeu um elogio individual sobre seu profissionalismo dentro da corporação. Segundo o comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária, Mario Antônio de Oliveira Xavier, “a cabo contribuía de forma essencial para a unidade”.
Já o segundo preso, o tenente Wescley Canuto usa as redes sociais como ostentação. São passeios, hospedagens, fotos muito bem tiradas em diversas paisagens e viagens. Um bon-vivant que aproveita bem o salário de R$ 16.345,79 pago pelo dinheiro do contribuinte.
O caso
Um tenente da Polícia Militar de Alagoas foi preso nesta quarta-feira, 24, durante a operação “Rastro”. A ação foi coordenada pelo Ministério Público do Estado e pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). Além dele, uma cabo da Polícia Militar, e o esposo dela, um prestador de serviços do sistema prisional alagoano, também foram detidos.
Todos são suspeitos de ligação com o tráfico de drogas. O tenente também foi conduzido à sede da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), onde prestou depoimento e em seguida foi encaminhado ao IML para realizar o exame de corpo de delito.
A operação Rastro cumpriu 19 mandados de prisão. E todos eles foram expedidos pela 17ª Vara Criminal. O nome de Rastro foi escolhido em decorrência da organização criminosa ser extremamente cuidadosa e deixar apenas pequenos vestígios de informações, sendo necessário para a equipe de investigação seguir e analisar esses fragmentos de dados para chegar aos conjuntos de provas.
A cabo presa seria integrante do serviço de inteligência do Batalhão Rodoviário. Não é a primeira vez que componentes da SSP são presos no mundo do crime. Em fevereiro de 2019, o MPE ofereceu denúncia em desfavor dos tenentes PM Tiago da Silva Duarte e Wellington Aureliano da Silva, ambos acusados de chefiar uma organização criminosa que tinha como ação principal invadir residências e roubar. Além deles, mais cinco pessoas foram denunciadas.