BELO EXEMPLO – Filho do ex-governador Geraldo Bulhões vira réu por crime de estelionato

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL) denunciou à Justiça de Alagoas o empresário alagoano Geraldo Henrique Vilar de Bulhões Barros —filho do ex-governador de Alagoas, Geraldo Bulhões— por prática de estelionato e formação de quadrilha contra empresas de fomento em Alagoas. Com a denúncia, Geraldo Henrique passa a figurar como réu perante a Justiça.

No último sábado (9), a 3ª Vara Criminal da Capital intimou o publicitário Genival Inácio de Farias Júnior para prestar esclarecimento em uma denúncia de estelionato envolvendo Geraldo Henrique. De acordo com investigação policial, o filho do ex-governador é acusado de estelionato e formação de quadrilha contra empresas de fomento em Alagoas. Em uma delas, a fraude praticada por ele em contratos soma R$ 4,5 milhões.

Um inquérito policial instaurado pelo delegado Nivaldo Aleixo de Barros, titular do 3º Distrito Policial de Maceió, investigou a participação de pelo menos mais duas pessoas no esquema, que consistia em falsificar assinaturas de anunciantes em notas promissórias, que eram trocadas nessas empresas de fomentos.

Na época, Genival Inácio de Farias era gerente da Jovem Pan Maceió e Mix FM, emissoras de rádio de propriedade do filho do ex-governador. Em seu depoimento à polícia, Genival Inácio justificou que a chegada da pandemia de Covid-19 fez com que muitos contratos entre anunciantes e as empresas de rádio foram cancelados, “razão pela qual eram emitidas duplicatas, para serem trocadas, esperando novos contratos”.

Segundo Genival, quando tudo se tornou uma bola de neve, Geraldo Henrique começou a negar os contratos, jogando a culpa para ele. O publicitário tem dez dias, a partir da data de citação, para se justificar perante à Justiça.

O crime de estelionato está previsto no artigo 171 do Código Penal e consiste basicamente na prática de golpes, nos quais o criminoso engana a vítima para obter algum tipo de vantagem, na maioria da vezes em dinheiro. A pena para esse tipo de crime varia entre um e cinco anos de prisão.

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