Com um gordo orçamento aprovado pela maioria da Câmara de Vereadores, a Prefeitura de Poço das Trincheiras garantiu quase R$ 60 milhões para o ano de 2022, um aumento de R$ 11 milhões do previsto pela gestão passada. Apesar de todo esse dinheiro, quase no final do ano, a Prefeitura encaminhou ao Legislativo municipal o Projeto de Lei nº 10/2022 pedindo novamente a abertura de crédito suplementar de 30% por cento do valor do orçamento, ou seja, mais de R$ 17 milhões.
Cabe ressaltar que já foi solicitado também conforme Lei nº 333/2021 a importância de crédito especial de R$ 2,7 milhões para Secretaria de Saúde, pasta comandada pela esposa do prefeito José Valmiro Gomes da Costa, além de R$ 192 mil e R$ 240 mil, todos na modalidade crédito especial na Lei 336/2021.
Sendo assim, a Câmara, além de aprovar um orçamento de quase R$ 60 milhões, ainda concedeu ao prefeito mais de R$ 3 milhões, supostamente não previstos em seu próprio orçamento. Para o advogado especialista em gestão pública e com mais de uma década conhecedor da realidade da cidade, Dr. Saulo Brito, o pedido de 30% por cento na condição de crédito suplementar é a comprovação que a administração gasta em demasia sem qualquer tipo de controle ou ajuste.
“Nas últimas três gestões nunca se viu tanta necessidade de mais dinheiro, pois além de ferir a Lei de Responsabilidade fiscal, o prefeito nem se deu ao esforço de explicar à Câmara quais motivos ensejaram no rombo dentro do orçamento”.
E Brito acrescenta: “Ninguém sabe como está a saúde financeira do PoçoPrev, pois só em sua gestão foram dois pedidos de parcelamentos de dinheiro não repassados. O município de Poço das Trincheiras realmente está indo ao fundo do poço com pouca transparência, gastanças sem limites. Resta saber se os vereadores irão novamente conceder ao prefeito mais dinheiro do povo”.