O senador Rodrigo Cunha, ainda mendigando espaço no União Brasil, partido controlado em Alagoas pelo deputado Arthur Lira (PP), busca os holofotes da mídia para despistar sua falta de prestígio no seu próprio grupo político, e seu desgaste no eleitorado alagoano. Em release distribuído à imprensa nesta segunda-feira, 8, ele tenta puxar para si o protagonismo da defesa das vítimas do afundamento de solo em vários bairros de Maceió, provocado pela Braskem, luta a qual ele nunca esteve à frente.
Diferentemente de Cunha, Renan Calheiros entrou na defesa dos moradores do Caso Pinheiro com força, adesão e poder, requisitos que o senador de primeira viagem não tem. Tal situação teria deixado Cunha enciumado?
Em seu devaneio, o senador chega a afirmar que a Braskem só está “minimamente” pagando indenização a moradores dessas comunidades por “um trabalho” dele e de mais “outros batalhadores” (sem citar nomes) há cinco anos. E no alvoroço para aparecer como o patrono da causa dessas vítimas, ataca o ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSD), acusando-o de ter “virado as costas” para o problema.
Quem descobriu a Braskem como causadora do afundamento nos bairros foi a gestão de Rui Palmeira, que trouxe para Maceió os técnicos da CPRM, isentou a cobrança de tributos para a região, levou a sede da Defesa Civil para dentro do bairro do Pinheiro, o mais atingido inicialmente pelas rachaduras, e garantiu auxílio moradia para as famílias que tiveram que deixar suas casas de imediato.
O discurso do senador, derrotado ao governo do estado em 2022, nada mais é que se inserir numa batalha que nunca foi dele e buscar a simpatia da população para sua reeleição em 2026 através de fakes news. Mas, pensando bem, quem usa o assassinato dos pais para fazer política, o sofrimento das vítimas da Braskem não chega a significar nada…