ESBANJANDO GRANA – Vereadores criticam JHC por gastar R$ 1,7 milhões somente na contratação de três artistas para o São João

Os gastos em excesso na Prefeitura de Maceió para a realização das festas juninas foi alvo de críticas e debates na Câmara de Vereadores. O assunto foi trazido à tona pelo vereador Alan Balbino (PSD), durante a sessão desta quarta-feira (7). De posse da notificação conjunta expedida por órgãos fiscalizadores direcionado ao prefeito JHC (PL), o vereador revelou a quantia, em recursos públicos, destinada para pagamento de cachês de artistas nacionais.

Alan Balbino destacou que Gustavo Lima vai receber R$ 800 mil; Wesley Safadão, R$ 600 mil; e Luan Santana, R$ 300 mil. O vereador ressaltou, ainda, que somente com a contratação de bandas, a Prefeitura de Maceió vai gastar mais de R$ 8 milhões.

“A notificação contém 26 páginas e é assinada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Estadual (MPE), Defensoria Pública Estadual, Defensoria Pública da União e Ministério Público de Contas (MPC). Fica evidente que o valor gasto somente com estes três cantores é superior ao estimado, anualmente, para políticas de combate ao trabalho infantil e assistência social para crianças e adolescentes. Ou seja, a prefeitura vai usar menos de R$ 1,6 milhões para assistência”, critica o vereador.

O vereador Fernando Hollanda (MDB) também contribuiu com o debate acentuou as críticas à gestão JHC. Hollanda cobrou que a Prefeitura de Maceió informe o quanto o São João da capital vai trazer para o Município no que se refere à geração de emprego e renda, por exemplo.

“Se a prefeitura conseguir justificar que todo esse dinheiro investido em bandas nacionais vale a pena e tem retorno para a população, que a cidade ganhe muito mais, isso nos deixaria satisfeito. Caso contrário, o Município estará aplicando recursos em áreas que não são prioridade em Maceió”, disse.

O vereador Joãozinho (PSD) também cobrou da Prefeitura de Maceió que atue com transparência e informe sobre os gastos que estão sendo gerados com a realização do São João.

“Não sabemos, por exemplo, quanto está sendo gasto com estrutura de palco, com servidores que vão trabalhar nas festas, com limpeza urbana, com transporte, shows pirotécnicos. São diversas realizações dentro de um evento que a prefeitura não permite acessos ao que está sendo contratado e quanto isso está custando em recurso público”, reforçou.

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