FOGO NA CÂMARA – Ativistas pedem afastamento cautelar de vereadores de Rio Largo

Um grupo de ativistas políticos composto por Alex Fernandes dos Santos, Cicero Leonardo Terto, Cícero Severino Santana e Helder Cavalcante de Moura apresentou uma denúncia na Promotoria de Justiça da 2ª Vara de Rio Largo contra vereadores do município. A acusação envolve os edis Aline Biana Cavalcante, Carlos Henrique Rolim Vasconcelos (vulgo Thiago Vasconcelos), Jefferson Alexandre Cavalcante, Marcio Soares Cavalcante (vulgo Bala), Izaque Pereira Silva (vulgo Dr. Izaque), José Carlos Reis dos Santos (vulgo Carlinhos Reis), Ismael Ferreira da Silva, Cícero Inácio Branco, Daniel José de Pontes, Rafael Rudson Feitosa Pinto e Romildo Calheiros, que são acusados de crimes de prevaricação e peculato culposo.

A denúncia apresentada pelos ativistas baseia-se em informações divulgadas pelo Jornal Extra de Alagoas no mês de maio deste ano. Segundo o jornal, foi descoberto um contrato entre a prefeitura de Rio Largo e a empresa Rool Construções, que teria recebido mais de R$ 2 milhões de reais. O esquema levanta suspeitas de corrupção, já que a empresa possui apenas uma sócia e um patrimônio declarado de apenas R$ 50 mil reais. Além disso, as obras realizadas pela empresa não condizem com os valores recebidos.

Diante desses fatos, os ativistas políticos formalizaram um requerimento no dia 17 de maio deste ano, solicitando a criação de uma Comissão Especial de Inquérito na Câmara de Vereadores de Rio Largo. No entanto, até o momento, o pedido não foi colocado em pauta para apreciação pelo poder legislativo municipal.Em 6 de junho, um novo requerimento foi protocolado pelos ativistas, desta vez referente a suspeitas de superfaturamento na compra e instalação de pontos de ônibus pela prefeitura de Rio Largo. No entanto, o vereador Thiago Vasconcelos, a quem o requerimento foi entregue para análise, não compareceu à reunião subsequente e não entregou o documento. O pedido só foi apresentado na última reunião antes do recesso, e até o momento a Câmara de Vereadores não discutiu o assunto.

TERRENO POLÊMICO

Caso de venda de terreno volta à tona e cai no colo de Gilberto Gonçalves

Requerimentos apresentados pelos ativistas revelam a perda de milhões de reais para o Município

No dia 17 de junho, os ativistas protocolaram mais um requerimento, desta vez denunciando a falta de providências do prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, em relação a um acordo de não persecução civil proposto pelo Ministério Público de Alagoas. O acordo envolve a venda ilegal de um terreno do município a uma empresa privada em 2012, o que resultou na prisão do ex-prefeito Toninho Lins e dos vereadores da época. Até o momento, a Câmara de Vereadores de Rio Largo também não se posicionou sobre esse requerimento.

Os requerimentos apresentados pelos ativistas revelam a perda de milhões de reais para a municipalidade e ressaltam a obrigação do poder legislativo local de fiscalizar e tomar providências. No entanto, os vereadores de Rio Largo, em sua maioria, estão sendo acusados de prevaricação em suas obrigações constitucionais, cometendo crimes contra a administração pública e violando princípios fundamentais como a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Os ativistas políticos solicitam que o Ministério Público tome as medidas necessárias para garantir o devido processo legal e a restituição da legalidade. Eles pedem o afastamento cautelar dos vereadores denunciados por um período de 120 dias, para que os suplentes possam conduzir os procedimentos legais relacionados aos três pedidos de abertura de Comissão Especial de Inquérito e outros procedimentos disciplinares necessários devido à falta de decoro parlamentar dos vereadores.Os ativistas também solicitam que os vereadores sejam denunciados pelo crime de prevaricação e peculato culposo.

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