BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Justiça, Flávio Dino, fez críticas à Operação Lava Jato ao defender cautela na apuração da Polícia Federal sobre a hostilidade ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), no aeroporto internacional de Roma na sexta-feira (14).
“Queria fazer uma explicação jurídica da razão da nossa cautela. Porque houve no âmbito da chamada Operação Lava Jato muitas cooperações [internacionais] diretas e nós consideramos que os tratados, as convenções internacionais devem ser cumpridas”, disse Dino ao ser questionado sobre o andamento do inquérito a cargo da Polícia Federal em entrevista à imprensa nesta sexta (21).
“Imagens existem, mas não estão disponíveis ainda porque é preciso concluir essa tramitação. Estamos trabalhando juntos.”
O titular da Justiça se referiu à cooperação internacional jurídica iniciada pelas autoridades brasileiras junto à Justiça italiana para ter acesso ao material.
“Mas está próximo [o recebimento das imagens], essa novela não será ‘janeteclariana’, não vai ter 600 capítulos”, afirmou Dino, numa referência à autora Janete Clair.
Ao lado do ministro, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou que a autoridade na Itália responsável pela condução da cooperação internacional com o Brasil precisa de uma autorização judicial para fazer o encaminhamento do material.
“Depende da autorização do juiz, aí o prazo é o tramite do governo italiano. Foram atendidos todos os requisitos legais para o tramite da autoridade central”, disse o policial.