Essas ações foram adotadas para operar o sistema de forma mais conservadora e assegurar a segurança do atendimento, conforme estabelecido nos Procedimentos de Rede. O ONS ressaltou que o sistema já está em condições normais de funcionamento.
Para esclarecer as causas do apagão, o ONS informou que irá elaborar um relatório detalhado, que será concluído em 45 dias úteis. A primeira reunião para avaliar as informações apuradas até o momento e iniciar a confecção do relatório está marcada para o dia 25 de agosto e contará com a participação do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e dos agentes do setor. O segundo encontro ocorrerá em 1º de setembro.
Segundo informações preliminares, o apagão teve início às 8h30 do dia 15 de agosto, com uma queda no fornecimento de 19 mil megawatts, aproximadamente 27% da carga total. O desligamento da linha de transmissão 500 kV Quixadá-Fortaleza II, pertencente à Eletrobras Chesf, foi apontado como a causa principal do apagão.
O ONS destacou que esse evento isolado não seria suficiente para ocasionar uma interrupção tão ampla no fornecimento de energia. No entanto, o desligamento da linha afetou outros equipamentos e causou oscilações elétricas nas regiões Norte e Nordeste. Essa interrupção nas interligações das regiões Norte e Nordeste com as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste foi controlada pelos chamados Proteções de Perda de Sincronismo (PPS) após 600 milissegundos.
A normalização do fornecimento de energia ocorreu em poucos minutos após a queda, com todas as regiões tendo o serviço restabelecido até as 10h. O sistema foi totalmente restaurado às 14h49.
O ONS reforça que a segurança do sistema elétrico é uma prioridade e que todas as medidas estão sendo tomadas para evitar novas interrupções. O setor elétrico está em constante monitoramento e empenhado em garantir a estabilidade do fornecimento de energia para todo o país.